SÓ
Na alcova obscura
O pensamento
Vai girando, girando
Sem limites ou fronteiras.
Devorando o tempo e o vento,
Buscando risos e flores,
Cantigas de roda,
Ruídos, gritos e choros.
As reminiscências
Dos momentos breves,
Felicidades transitórias
Que o tempo devora.
Onde estão os passos,
Para onde foram as vozes?
Não se ouvem soluços,
Cessaram-se os risos.
As salas estão escuras,
As varandas vazias;
Os corredores sem ecos,
As escadas desertas.
Na quietude da noite incerta
Minha alma sofre e se agita
Na incomensurável e infinita
Tristeza de viver só.
20/01/79
Maria José
Nenhum comentário:
Postar um comentário