O
retrato da vida
Senti na alma o rigor do frio,
Nas noites tristes a solidão da morte;
Meu pranto correu como o serpentar dos rios;
Foi tão cruel e dura a minha sorte.
Foi escaldante o deserto sem oásis
Sem ter descanso e pão para comer;
Dilacerada eu deitei na areia
Até que, enfim, chegou o amanhecer.
A primavera chegou em minha vida
Trazendo flores belas e perfumadas;
Chegou o outono com seus doces frutos
E o verão com noites enluaradas.
O inverno não me assusta mais
Já não sinto frio, fome ou sofrer
Porque encontrei a fonte de Água Viva
Só sinto, agora, alegria de viver.
02/08/78
Maria José
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