O propósito desse blog, é compartilhar meus pensamentos, citações e principalmente artigos de genealogia, que tem sido por muitos anos um assunto que tenho estudado e adquirido experiência.

Senti o desejo e a necessidade de deixar um pouco desse legado a todos que tiverem interesse. O profeta do velho testamento Malaquias que viu nossos dias, fez a seguinte profecia: "Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais ...". Essa profecia feita cerca de 2.400 anos atrás, podemos constatar hoje nesses últimos dias, o cumprimento dela, quando surge um interesse quase inexplicável na nova geração, em conhecer sua origem, e sua a história.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Jesus: o Lider Perfeito


                                                                 JESUS: O LÍDER PERFEITO

 

                                                                Presidente Spencer W. Kimball

 

                Há muito mais o que falar sobre a extraordinária liderança de Jesus Cristo do que caberia num simples artigo ou livro; quero, porém, destacar aqui uns poucos atributos e habilidades que demonstrou com tanta perfeição. Esses mesmos atributos e qualidades são importantes para todos nós, se quisermos ter sucesso como líderes em qualquer ponto significativo.

 


                 Princípios Firmes
                                  
                Jesus sabia quem era e por que estava neste planeta. Com isto, podia conduzir com força em lugar de incerteza ou fraquezas. Jesus operava baseado em princípios ou verdades fixas, em lugar de ir estabelecendo regras pelo caminho. Assim, seu estilo de liderança era não apenas correto mas também constante. Hoje existem tantos líderes seculares que parecem camaleões; mudam de cor e pontos de vista conforme a situação, o que só serve para confundir os companheiros e seguidores, que não sabem ao certo que curso está sendo seguido. Aqueles que se apegam ao poder às custas de princípios, muitas vezes acabam fazendo qualquer coisa para não o perder.
                Jesus repetiu diversas vezes: "Vem, segue-me."Seu programa era "fazei o que eu faço", em lugar de "fazei o que eu digo". Ele andava e trabalhava com aqueles a quem devia servir; não liderava à distância; não tinha medo de amizades íntimas; não temia a proximidade dos outros. Jesus mantinha-se virtuoso e, assim, quando sua proximidade permitia a alguém tocar a bainha de suas vestes, fluía virtude dele. (Vide Marcos 5: 24-34).
 


                Compreender o Próximo

                Jesus era um líder ouvinte. Como amava os outros com amor perfeito, ouvia sem ares de superioridade. Um grande líder ouve não só os outros, mas também a sua própria consciência e os influxos de Deus.
                Jesus era paciente, súplice, amoroso. Quando Pedro feriu o servo do sumo sacerdote com a espada, cortando-lhe a orelha direita, disse Jesus: "Mete tua espada na bainha" (João 18:11), sem se mostrar zangado e calmamente curou a orelha do servo. (Vide Lucas 22:51). Sua repreensão a Pedro foi bondosa, porém firme.
                Como Jesus amava a seus seguidores, podia ser franco com eles. As vezes reprovava Pedro, porque o amava; e Pedro, sendo um grande homem, progredia com essas reprimendas. Em Provérbios, existe um versículo maravilhoso que todos nós deveríamos ter em mente: "Os ouvidos que escutam a repreensão da vida no meio dos sábios farão sua morada. O que rejeita a correção menospreza sua alma, mas o que escuta a repreensão adquire entendimento”. (Provérbios 15:31-32).
                Sábio é o líder ou o seguidor que consegue agüentar a "repreensão da vida". Pedro conseguia, por saber que Jesus o amava e assim foi capaz de treinar Pedro para um lugar de muita responsabilidade no reino.
                Jesus via o erro do pecado, mas também conseguia ver o pecado como algo decorrente de profundas necessidades insatisfeitas do pecador. Isto lhe permitia condenar o pecado sem condenar a pessoa. Nós podemos demonstrar amor ao próximo, mesmo quando somos chamados a corrigi-lo. Precisamos ser capazes de perscrutar sua vida com suficiente profundidade para ver as causas fundamentais de seus insucessos ou falhas.
 

               Liderança Abnegada

               A liderança do Salvador era abnegada. Ele colocava a si mesmo e suas necessidades em segundo plano, servindo aos outros além do que era seu dever, incansável, amorosa e eficientemente. Tantos problemas do mundo de hoje são resultado do egoísmo e egocentrismo de muitos que exigem demais da vida e dos outros, para satisfazer às suas necessidades.
                A liderança de Jesus acentuava a importância de saber discernir com relação aos outros, sem procurar dominá-los. Ensinou-nos que sem liberdade não pode haver um verdadeiro progresso. Um dos problemas da liderança manipuladora é que não provém do amor ao próximo, mas da necessidade de usá-los. Esses líderes se concentram em suas próprias necessidades e desejos, não nas necessidades alheias.
                Jesus tinha visão de problemas e pessoas. Era capaz de calcular cuidadosamente o efeito e impacto remoto do que falava, não só com referência aos que o ouviam no momento, mas naqueles que o leriam dois mil anos mais tarde. É muito freqüente os líderes seculares procurarem resolver problemas aliviando o padecimento presente, criando com isso maior dificuldade e padecimento futuro.
 

                 Delegação

                Jesus sabia como envolver seus discípulos no processo da vida. Encarregava-os de coisas importantes e específicas, para que se desenvolvessem. "Confia em seus seguidores o suficiente para compartilhar seu trabalho com eles, a fim de que possam crescer."Essa é uma das maiores lições de sua liderança. Se afastarmos as outras pessoas para que o trabalho seja realizado mais depressa e perfeitamente pode ser que a tarefa seja feita, sem dúvida, mas desprovida do tão importante desenvolvimento e progresso dos seguidores. Por saber que esta existência tem um propósito e que fomos colocados neste planeta para trabalhar e crescer, o crescimento torna-se um dos grandes propósitos da vida, além de um meio. Podemos corrigir os outros de maneira carinhosa e produtiva, quando cometem erros.
                Jesus não tinha medo de ser exigente com os que liderava. Teve coragem de mandar Pedro e os outros abandonarem as redes de pesca para o seguirem, não depois da temporada de pesca ou após a pescaria seguinte, mas agora! Hoje! Jesus mostrava às pessoas que confiava nelas e em suas possibilidades e assim podia ajudá-las a novos e maiores feitos. Jesus acreditava em seus seguidores, não só pelo que eram, mas pelo que poderiam tornar-se. Amando os outros, podemos ajudá-los a progredir, fazendo-lhes exigências razoáveis, porém reais.
                Jesus dava às pessoas verdades e tarefas condizentes com sua capacidade. Não as assoberbava com mais do que eram capazes de fazer, mas o suficiente para que se empenhassem e progredissem. Preocupava-se com os aspectos básicos da natureza humana e como provocar mudanças permanentes, e não simples modificações transitórias.
 
                  Responsabilidade

                 Jesus ensinou que somos responsáveis não só por nossos próprios atos, mas também por nossos pensamentos. Naturalmente, não pode haver responsabilidade sem princípios fixos. O bom líder lembra-se de que é responsável perante Deus, bem como perante aqueles a quem lidera. Exigindo responsabilidade de si próprio, está em melhor posição para exigir que os outros sejam responsáveis por sua conduta e desempenho. As pessoas tendem a conduzir-se de acordo com o padrão estabelecido por seus líderes.
 

                 Bom Uso do Tempo

                Jesus ensinou também a importância de usar-se o tempo com sabedoria. Isto não quer dizer que nunca devamos folgar, pois precisamos de tempo para meditar e descansar; o que não deve haver é desperdício de tempo. A maneira de gerir nosso tempo é tão importante, e podemos fazê-lo muito bem, sem sermos rabugentos ou importunos.
 

                Liderança Secular

                As pessoas a quem mais amamos, admiramos e respeitamos como líderes da família humana são justamente aquelas que possuem, em muitos aspectos, as qualidades demonstradas por Jesus nesta vida e em sua liderança.
                Contrariamente, os líderes que se mostraram mais trágicos em seu impacto sobre a humanidade são precisamente aqueles a quem faltaram até certo ponto os atributos do Homem da Galiléia. Provavelmente nenhum de nós seja um perfeito exemplo de líder, mas todos podemos envidar um esforço consciente na direção desse grande ideal.

 


                 Nosso Potencial

                Um dos grandes ensinamentos do Homem da Galiléia, o Senhor Jesus Cristo, prende-se à imensa potencialidade que temos em nós. Instando-nos a sermos perfeitos como nosso Pai Celeste é perfeito, Jesus não estava zombando ou caçoando, mas ensinando-nos uma poderosa verdade a respeito de nossas possibilidades e potencial. É uma verdade quase que assombrosa demais para nosso entendimento. Jesus, que não sabia mentir, procurava com isso fazer-nos avançar no caminho da perfeição.
                Ainda não somos perfeitos como Jesus, mas, a menos que aqueles que nos rodeiam possam observar nosso esforço e progresso, não poderão ver-nos como um exemplo a seguir; considerar-nos-ão pouco responsáveis com respeito ao que precisa ser feito.
                Todos têm muito mais oportunidades de fazer o bem e de ser bons do que jamais conseguem aproveitar. Essas oportunidades estão por toda parte. Seja qual for o tamanho de nossa esfera de influência, bastaria melhorarmos apenas um pouco nosso desempenho para que fosse ampliado. Existem muitas pessoas esperando ser influenciadas e amadas; basta que tenhamos vontade de melhorar nosso desempenho.
                É preciso lembrar que os mortais que encontramos nos estacionamentos, escritórios, elevadores e outras partes, são uma porção da humanidade que Deus nos mandou amar e servir. Pouco nos aproveitará falar da fraternidade humana, se não conseguimos considerar os que nos cercam por toda parte como nossos irmãos e irmãs. Se nossa porção de humanidade nos parecer pequena ou nada fascinante, devemos lembrar-nos da parábola em que Jesus nos ensina que grandeza nem sempre é um fator de tamanho ou padrão, mas da qualidade de vida de alguém. Se aproveitarmos bem nossos talentos e oportunidades que nos cercam, Deus não deixará de notar. E aqueles que aproveitam bem as oportunidades que lhes foram dadas receberão ainda mais!
                As escrituras contêm maravilhosos estudos de caso de líderes que, embora não sendo perfeitos como Jesus, realizaram grandes coisas. Lê-los, e com freqüência, faria muito bem a todos nós. Esquecemo-nos de que as escrituras nos presenteiam com séculos de experiência em liderança e, mais importante ainda, com os princípios fixos segundo os quais deve operar a verdadeira liderança para o sucesso. As escrituras são o manual de instruções para o aspirante a líder.
 


                O Líder Perfeito

                Jesus é nosso modelo, se quisermos ter muito sucesso. Todos os atributos enobrecedores, perfeitos e belos de maturidade, força e coragem são encontrados nessa única pessoa.
                Talvez o mais importante que se possa dizer a respeito de Jesus Cristo, mais importante que tudo o que já foi dito, é que ele vive. Ele realmente incorpora todas as virtudes e atributos de que falam as escrituras. Conseguindo compreender isto, conheceremos a realidade central do homem e do universo. Se não aceitarmos essa verdade e realidade, então não teremos os princípios firmes ou verdades transcendentais para viver a vida com felicidade e servindo. Em outras palavras, acharemos muito difícil ser um líder significativo sem reconhecer a realidade do líder perfeito, Jesus Cristo, e deixá-lo ser a luz que ilumina nosso caminho!
 

(KIMBALL, SPENCER W. Jesus: O Líder Perfeito. Salt Lake City, UT, USA. Publicado em A Liahona, Agosto de 1983, páginas 7/11). 

 

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