Eu Maria José Antunes, sou extremamente grata
e privilegiada por essa oportunidade de estar participando desse acontecimento
importante que é a comemoração do dia da genealogia paulista.
O projeto foi elaborado no ano de 1984 numa
reunião no instituto genealógico Brasileiro, onde eu trabalhava como auxiliar
de bibliotecária sob a direção do Desembargador Dr. Odilon da Costa Manso,e eu
participei dessa reunião. O dia da genealogia paulista foi aprovado somente no dia
30 de abril de 1991, pelo projeto de lei nº 649/88 pelo deputado Carlos
Apolinário.
Ficou instituído o dia da genealogia paulista
a ser comemorado anualmente no dia 03 de março. Eu sou membro de a igreja de Jesus
Cristo dos santos dos últimos dias, há 51 anos, por muitos anos fui professora
de genealogia para os membros da igreja, fui diretora do CHF (Centro da
História da Família) da estaca Perdizes por 10 anos. Hoje sou consultora da
história da família da ala Cerqueira Cesar, estaca Perdizes.
Ao aproximar o dia 03 de março, o dia da
genealogia, meu coração transbordou de amor pelos meus antepassados e muito
grande e profunda gratidão pelos genealogistas que já partiram deste mundo e
pelos que ainda vivem nesta terra: sem a valiosa colaboração de todos eles, eu
não teria enviado cento e cinquenta mil nomes de minha família para os arquivos
da igreja.
Senti um grande desejo de comemorar o dia da
genealogia paulista, e entrei em contato com o Leles Pedro Junior, que é
diretor do centro da história da família da estaca Jaraguá, para propor a ele a
idéia de comemorarmos o dia da genealogia paulista, que é um dia tão especial e
importante para nossa história, recebemos a aprovação do irmão Anísio Alves de Sousa,
presidente da estaca Jaraguá e assim, este maravilhoso evento está sendo
realizado hoje, dia 13/03/2011.
A
equipe do CHF da estaca Jaraguá sob a direção de seu presidente Leles Pedro
Junior, o irmão Mizael da Silva e os demais componentes, não mediram esforços para
nos ajudar e tudo transcorressem da melhor maneira possível, devemos salientar
a participação do coral composto de 80 jovens de 12 a 17 anos, que está abrilhantando
este evento.
Eu achei por bem compartilhar com os
presentes uma exposição de cartazes, arvores genealógicas, pintura em telas e
algumas fotos do meu arquivo pessoal. Fizemos o possível para que a experiência
fosse inesquecível.
Irei falar sobre a genealogia através dos
tempos, e a necessidade de fazer registros genealógicos. Acho incrível que em
nossos dias atuais existam pessoas que não saibam o que é genealogia. A
genealogia é uma ciência. Uma ciência auxiliar da história, histórias das
famílias, histórias das nações. Os primeiros registros genealógicos foram feitos
quando surgia a humanidade; portanto a genealogia é a origem, a fonte, a procedência,
ligando o passado ao presente, e o presente ao futuro.
Temos em Gênesis 5: 1-32 a genealogia de Adão até
Noé e em muitas outras escrituras. Em Neemias 7: 5-6 temos o seguinte: Então Deus
me pôs no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo para
registrar as genealogias, e achei o livro de genealogia dos que subiram
primeiro, e assim achei escrito nele: Estes são os filhos da província que
subiram do cativeiro entre os exilados de Nabucodonosor e que voltaram a
Jerusalém e para Judá, cada um para suas cidades. Descrevem o nome das suas
famílias e seus descendentes no total de quarenta e dois mil e trezentos e
sessenta pessoas, no versículo 64 diz: Estes procuraram os seus registros nos
livros de genealogia, porem não acharam, por isso foram excluídos do
sacerdócio. Fica muito difícil relatar todas as escrituras referente a
genealogia registrada na bíblia, pois muitas verdades claras e preciosas foram
perdidas.
No livro de referência das escrituras, em
escrituras extraviadas mencionam os 16 livros que foram perdidos.
Existem apenas alguns documentos com impressão
genealógicas escritas a partir de 3.200 AC na Suméria e no Egito, fraguimentárias
incompletas e de difícil interpretação. Outros documentos valiosíssimos
concernentes a historia da humanidade, contida nos setecentos mil volumes em
rolos de papiro da biblioteca de Alexandria, foram inutilizados pelas tropas de
Julio Cezar no ano de 390 AC ,
restaurado por Marco Aurélio e destruído de vez em 640 AC pelo incêndio da
biblioteca, causado por Omar1º segundo Califa Mulçumano.
Há outros registros genealógicos históricos
de suma importância que foram preservados pelo poder divino e chegou até os
dias atuais embora adulterados por várias traduções, estão compilados no velho
testamento. No livro de Pérola de grande valor que foi traduzido por Joseph
Smith de um rolo de papiro que foi encontrado em uma múmia no Egito,relata a
história de Adão.
Em Moises 6:4-8 diz o seguinte: Começaram esses
homens a invocar o nome do senhor; e o senhor abençôo-os e escrevia-se um livro
de recordações; e era escrito no idioma de Adão, pois a todos que invocavam a
Deus era concedido escrever pelo espírito de inspiração. E por eles seus filhos
foram ensinados a ler e a escrever, tendo uma linguagem que era pura e
impoluta.
Ora esse mesmo sacerdócio que existia no
princípio, existirá também no fim do mundo. Ora, essa profecia Adão pronunciou
pelo Espírito Santo, e registrava-se uma genealogia dos filhos de Deus;
e esse era o livro das gerações de Adão e
dizia: No dia em que Deus
criou o homem á semelhança de Deus o fez.
Certificamos pelas escrituras que a
genealogia foi ministrada por homens portadores do sacerdócio; nos nossos dias
atuais não deve ser diferente. Depois da morte de Jesus Cristo e dos apóstolos
e cristãos, coisas claras e de verdades absoluta foram perdidas, pois o mundo
entrou numa grande apostasia, apostasia universal, será que as verdades
absolutas deveriam ficar perdidas para sempre? Não; era necessário que houvesse
restauração de todas as coisas. Está escrito na bíblia em Atos 3:19
Arrependei-vos pois e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados e
venha assim os tempos de refrigério pela presença do senhor e envie ele a Jesus
Cristo que já dantes foi pregado, o qual convém que o céu contenha até os
tempos da restauração de tudo dos quais Deus falou pela boca de todos os seus
santos profetas desde o princípio. A bíblia contém várias escrituras que se
refere a restauração, porém esta que está registrada no livro de Atos 3:19 é o
suficiente.
Se tudo deveria ser restaurado, a genealogia
que foi ministrada pelo sacerdócio também foi restaurada. No dia 21/09/1923
Joseph Smith recebeu a visita do anjo Moroni e foi instruído para dar inicio ao
trabalho genealógico com a finalidade de realizar as ordenanças sagradas no
templo do Senhor. Joseph Smith ainda não possuía autoridade para realizar essas
ordenanças. Joseph Smith foi instruído durante treze anos até que no dia 06 de
abril de 1836 no templo de kirtland ele recebeu a visita do profeta Elias. ”O
profeta que fora ao céu sem experimentar a morte, apareceu diante de nós e
disse: Eis que é chegado plenamente o tempo proferido pela boca de Malaquias,
testificando que ele Elias, o profeta seria enviado antes que viesse o grande e
terrível dia do senhor; para voltar o coração dos pais para os filhos e o
coração dos filhos para os pais, para que a terra não fosse ferida com maldição”.
Portanto as chaves dessa dispensação são confiadas a vossa mão assim saberá que
o grande e terrível dia do senhor está perto, sim, as portas.
Portanto Joseph Smith recebeu autoridade e as
chaves do poder das mãos do profeta Elias para realizar o trabalho de redenção
dos mortos, sendo assim teria autoridade para selar os cônjuges e seus filhos a
eles por essa vida e por toda eternidade.
Apartir de 1836 o profeta Joseph Smith
incentivou a pesquisa genealógica e alegou que a genealogia foi a essência das escrituras,
particularmente demonstrou seu grande interesse e amor pelo trabalho
genealógico quando afirmou: Os nossos Propósitos não são pequenos a um certo numero de pessoas; nos
contemplamos a espécie humana do passado, presente e futuro. Esse trabalho deve
ser amplo como a eternidade e profundo como o amor de Deus.
O acervo crescia de maneira notável o
objetivo era encontrar um lugar seguro e resistente ao fogo, guerra, ou erosão;
era necessário preservar os registros demográficos do mundo. O presidente Ruben
j. Clark avistou a montanha de granito, um lugar forte e seguro capaz de
suportar o intemperismo, mesmo em uma explosão atômica. Seu coração se encheu
de alegria e certeza de que a grande obra genealógica prevista pelo profeta
seria realizada. Com toda convicção preferiu essas palavras: “Este é o lugar!”
A monumental obra foi concluída em 1965, A estimativa foi um
custo de dois milhões de dólares.
Cada ser humano que passa pela terra é um
filho especial de Deus criado a sua imagem e semelhança, cada um tem uma
tradição uma história e deixa uma recordação quando seu corpo se decompõe no
seio da terra. Sua alma permanece viva eternamente, seu nome, sua existência,
seus feitos e registros ficam preservados da erosão, do fogo, das intempéries,
na Eterna Montanha de Granito.
Termino esse discurso, prestando o meu
testemunho que todas as palavras que proferi são verdadeiras, porque as proferi
pelo conhecimento e pela inspiração do Espírito Santo. Em nome de Jesus Cristo,
amem.
Maria
José Antunes
13/03/2011
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