As instruções a seguir, ajudá-lo-ão a
mostrar aos membros da Igreja a necessidade e urgência de prover as ordenanças
do Templo para seus ancestrais. O Profeta Joseph Smith afirmou que o tempo que
temos para executar o trabalho de redenção dos mortos pode ser limitado. É
muito pouco tempo que os santos dispõe para agregar os seus parentes vivos
neste mundo e os parentes falecidos no mundo espiritual.
Se o véu se abrisse para que pudéssemos ver
o mundo dos espíritos, provavelmente descobririam muitos entre eles a orarem
ansiosamente esperando o dia de seu resgate. Os mortos ouvirão a voz dos servos
de Deus no mundo espiritual, mas não poderão surgir na manhã da primeira
ressurreição a menos que sejam realizadas em seu favor certas ordenanças em
Templos construídos e dedicados a Deus. É tão importante salvar um homem vivo
quanto um homem morto, estas são palavras do profeta Wilford Woodruf.
Para aqueles que estão mortos, a morte não
é um problema. O problema é ser esquecido sem o poder do santo sacerdócio para
sua redenção. Seu débito de gratidão para com os seus descendentes que efetuam
os trabalhos vicários por eles crescerão continuamente. Assim também a gratidão
pelos ancestrais crescerá também continuamente, à medida que aumenta a
apreciação pela provação mortal que eles tornaram possível.
Cada geração depende da outra para fazer a
sua parte. Quando cada geração cumpre sua responsabilidade, é construído um
reino patriarcal que durará e crescerá por toda a eternidade.
O plano de Deus é maravilhoso. O Seu grande
amor por Seus filhos fez com que estabelecesse um plano de salvação e os vivos
tornam-se salvadores daqueles que já se foram deste mundo, através do trabalho
vicário.
É nossa responsabilidade salvar nossos
parentes mortos. Essa é uma missão de muita importância e faz parte do nosso
ministério terreno. Lembre-se que o Senhor nunca dá mandamentos aos homens sem
antes preparar o caminho. Podem estar certos de que seus parentes mortos sabem
onde estão os seus registros e através da inspiração deles você pode localizar,
mas isso acontecerá, depois de ter dado tudo de si. Eles estão ansiosos e
esperam ser libertados e esperam por você. Oram fervorosamente ao Senhor para
que Ele desperte em seu coração interesse por eles.
Por quê não começar o trabalho de pesquisa
imediatamente com a mente e o coração voltados para eles, então o espírito de
Elias virá sobre você e o caminho será aberto de maneira maravilhosa e as
evidências concernentes a eles surgirão à sua frente.
Em 1.907, afirmou a Primeira Presidência:
“... Nossos propósitos não são pequenos e limitados a este mundo, nós
contemplamos a espécie humana do passado, presente e futuro como seres imortais
por cuja salvação é nosso mister trabalhar e a este trabalho amplo como a
eternidade e profundo como o amor de Deus nós devemos devotar agora e para
sempre...”.
Aqueles que ainda não começaram o trabalho
da história da família, comecem agora com os elementos disponíveis e lembrem-se
dos passos que são: fé, desejo, disposição e tempo. E para aqueles que de forma
alguma puderem encontrar os registros de seus antepassados, não desanimem,
porque o dia virá em que o Senhor abrirá o véu e os registros de todos os
homens e mulheres de nossa linhagem que aceitaram esse evangelho e não tiveram
a oportunidade e privilégio de receber as ordenanças vicárias, será revelado e
as ordenanças sagradas do santo Templo do Senhor serão feitas em seu favor.
A
missão de Elias e a Unidade Familiar
Comentando o acontecimento descrito em
D&C 110:14-16, o Presidente Harold B. Lee disse: “... Lembrem-se de que,
quando a missão de Elias for plenamente entendida, o coração dos filhos
voltar-se-ão aos pais e dos pais aos filhos...”. Isso se aplica tanto aos estão
deste lado do véu, quantos aos que estão do outro lado.
Se negligenciarmos nossa família aqui,
desprezando as reuniões de Noite Familiar, e se falharmos em nossas
responsabilidades aqui, como nos parecerá o céus e lá estiverem faltando
aqueles que perderam por nossa própria culpa. O céu não será céu enquanto não
tivermos feito tudo o quanto pudermos para salvar aqueles que o Senhor nos
enviou através de nossa linhagem. Assim o coração de vocês pais e mães devem
estar voltados para seus filhos, justamente agora, se já tiverem o genuíno
espírito de Elias e não acharem que eles se aplicam somente àqueles que estão
além do véu. É preciso que se preocupem com seus familiares, especialmente com
seus filhos e procurem ensiná-los. Mas é necessário que o façam enquanto são
suficientemente pequenos para serem ensinados. E se você negligenciar a
realização das suas Noites Familiares, estão negligenciando as bênçãos da
missão de Elias tão certamente quando ao se descuidarem do seus trabalhos de
pesquisa genealógica.
O que
pode estar relacionado à missão de Elias ?
Ao visitar pela primeira vez o jovem Joseph
Smith, em 1823, o anjo Morôni citou a profecia de Malaquias do Velho
Testamento, de maneira a demostrar a conexão entre Elias e a autoridade do
Sacerdócio. (ver D&C 02 e compare com Malaquias 4:5-6) E desde que Pedro,
Tiago e João vieram para restaurar a autoridade do Sacerdócio de Melquisedeque
em 1.829, por que foi necessário ao Senhor revelar o Sacerdócio pela mão do
profeta Elias em 1.836? Elias veio para restituir à Terra a plenitude do poder
do Sacerdócio conferido a profetas mortais devidamente comissionados pelo
Senhor.
Este Sacerdócio possui as chaves de ligar e
selar na Terra e nos céus todos os princípios e ordenanças pertencentes à
salvação do homem, afim de que desta forma se tornem válidos no Reino Celestial
de Deus e em virtude dessa autoridade, que são realizadas ordenanças nos
Templos tanto para os vivos quanto para os mortos. É o poder que une para a
eternidade marido e mulher quando celebram um casamento de acordo com o plano
eterno e é a autoridade pela qual os pais adquirem o direito da paternidade
concernente aos filhos para toda a eternidade e não apenas para o tempo
porém, torna eterna a família no reino
de Deus para sempre. (estas são palavras de Joseph Fielding Smith, em Doutrinas
de Salvação).
Como vocês podem obter o poder restaurado
por Elias? O profeta Joseph Smith disse que a plenitude do Sacerdócio é obtida
quando guardamos todos os mandamentos e obedecendo a todas as ordenanças da
Casa do Senhor.
Quando um homem e uma mulher se ajoelham
juntos diante de um altar no Templo e entram no novo e eterno convênio do
casamento, estão dando um passo necessário ao recebimento da plenitude do
Sacerdócio e iniciando uma família de Deus.
Considerem o significado eterno dessa
sagrada ordenança. Se encararmos corretamente a família, vamos considera-la
como uma unidade eterna presidida por um digno portador do Sacerdócio de
Melquisedeque que assistido pela esposa, que a ele foi selado para o tempo e
para a eternidade e que juntamente com ele responde pelo lar e a família. Esta
família enquadra-se num plano para as famílias eternas dentro da família de
Deus, unindo um homem e uma mulher com seus filhos e netos até as últimas
gerações e buscando no passado seus pais e avós até a mais antiga geração.
Através de sua família cujos membros foram
eternamente selados uns aos outros, vocês podem participar da plenitude do
sacerdócio. A menos que sua família seja unida pelo poder do sacerdócio no
mundo eterno, vocês serão separados, senão, serão individualmente isolados no
mundo vindouro.
A
missão de Elias Aplicada à Família
Deveríamos pensar cuidadosamente, sobre
como podemos obter as bênção relacionadas à missão de Elias em benefício de
nossa família no passado, presente e futuro. Temos que colocar a família em sua
devida perspectiva, considerando-a como um reino eterno; reino que pode e deve
ser pautado pelo Reino de Deus, desde que um digno portador do sacerdócio
busque para sua família as mesmas metas que Deus procura para seus filhos e
levar a efeito a imortalidade e a vida eterna do homem.
Há certos aspectos do Reino de Deus que ele
pode usar como padrão para sua família. Vocês podem pautar sua família pelo
Reino de Deus usando esses três meios:
1)
Buscar
as bênçãos do Templo para todos os membros da família, vivos e mortos;
2)
Preservar
os registros e documentos que trarão memórias dos membros da família no
presente e no futuro, às coisas essenciais à sua salvação;
3)
Estabelecer
e manter uma organização familiar adequada capaz de satisfazer às necessidades
dos membros da família.
Voltemos à última mensagem da profecia de
Malaquias, conforme citada por Morôni: “... E Ele plantará no coração dos
filhos as promessas feitas aos pais e os corações dos filhos se voltarão aos
pais...”.
Quais as promessas feitas aos pais e a que
pais foram feitas? Abraão fez o que todo homem digno deve fazer: receber o
evangelho, receber o sacerdócio, teve o poder de Deus em suas mãos e com esse
poder extensivo à sua família buscou a retidão visando as bênçãos dos
patriarcas. Ele buscou a ordem patriarcal, buscando os direitos transmitidos
desde Adão, o primeiro homem, de maneira que pudesse receber, possuir e herdar
tudo o quanto Deus havia prometido a Adão e por ser obediente, a Noé.
E Abraão recebeu todas essas coisas e Isac
e Jacó, por suas vezes, receberam também. Assim, para nossos propósitos quando
falamos sobre as promessas feitas aos pais, estamos falando de Abraão, Isac e
Jacó e o que eu quero receber e possuir é tudo o Deus prometeu a Abraão. (Ensinamentos
de Bruce McConkie). O Presidente Joseph Fielding Smith e o Élder Bruce McConkie
explicam: “... O motivo para que o coração dos filhos se voltem para os pais e
que possamos procurar nossos pais que são da linhagem de Abraão e façamos por
eles vicariamente as ordenanças que os
habilitarão a receber às bênçãos que advirão às suas vidas como advêm às
nossas.
Estamos falando sobre as promessas do
casamento para a eternidade, as promessas de continuação da Unidade Familiar,
as promessas de vida eterna no Reino de
nosso pai Celestial a qual é o resultado da continuação da Unidade Familiar...”.
São promessas que nos habilitam a criar
para nós mesmos, as Unidades Familiares pautadas pela família de Deus através
desse sistema, porque esse poder de selamento não conhece limites. Nós
pesquisamos e fazemos as coisas que têm que ser feitas por todos os filhos de
Abraão que já se foram sem a oportunidade que temos tido aqui na mortalidade.
É um sistema magnífico, maravilhoso, que
ultrapassa quaisquer expectativa. É realmente a razão de ser do evangelho, no
que diz respeito ao homem. Certamente é verdade que a mensagem revelada pelo
Senhor através de Elias é uma mensagem de salvação para a família e se
realmente a entendermos acabaremos por concentrar nossas mentes e o coração nas
promessas feitas aos patriarcas e não descansaremos até que nossos pais e
filhos estejam todos salvos até que as promessas se transformem em realidade.
O casamento é ordenado por Deus e é
necessário ao homem ir à Terra para que cumpra o fim de sua criação. Portanto
procurai diligentemente volver os corações dos filhos a seus pais e faça-os
compreender e necessidade e a importância de unir todas as gerações e fazer o
devido registro do trabalho feito pelos vivos e os mortos através da folha de
Grupo Familiar, para que todos os seus descendentes e ascendentes entrem no
novo e eterno convênio do casamento que é o poder de ligar além da sepultura;
promessas feitas aos pais. É necessário que todos os membros da família
entendam o significado das ordenanças realizadas no Templo do Senhor.
As ordenanças do Templo abrangem todo o
plano de salvação. Está à disposição do evangelho. Faz parte da freqüência ao
Templo e um dos métodos mais eficientes de relembrar a estrutura do evangelho
como um todo, o homem e a mulher que entram no Templo de olhos abertos,
observando os símbolos e os convênios, empenhando-se num contínuo e persistente
esforço para entender o pleno significado de tudo. Deus fala e transmite suas
revelações. O Endowment é tão ricamente simbólico que só um tolo tentaria
descrevê-lo. É tão repleto de revelações para aqueles que se empenham em
procurar e ver, que a palavra humana é incapaz de exprimir ou explicar. A
possibilidade existente nos trabalhos do Templo, o endowment que foi dado por
revelação pode ser melhor entendido pela revelação e para aqueles que procuram
com mais empenho com o coração puro a revelação será maior que todas.
Para garantir as promessas de exaltação a
si mesmo e à sua família vocês têm de receber as bênçãos do Templo e ver que
suas famílias as recebam também. Isso significa bênçãos do Templo para você,
para sua família viva e para os membros e ancestrais de sua família que já
foram falecidos.
O propósito das ordenanças do Templos para
ser exaltado, o homem tem que saber o que fazer. Tem que aprender a viver na
presença de Deus, tem que aprender às Leis do Céu e ser obediente a essas Leis,
tem que demonstrar sua disposição de entender e obedecer antes de poder ser
considerado digno de entrar na presença de Deus ou receber poder para fazê-lo.
O Templo é o único lugar onde esse conhecimento pode ser obtido. Se quisermos,
portanto, o conhecimento que nos vai capacitar a entrar na plenitude da glória
de Deus, temos que nos preparar e preparar nossos ancestrais recebendo as
bênçãos do Templo.
Com referência ao endowment, Brigham Young
disse: “... O propósito do endowment é receber na Casa do Senhor todas as
ordenanças de que precisamos após partirdes deste mundo, afim de vos habilitar
a voltar à presença do Pai passando pelos anjos que estão de sentinela, sendo
capazes de dar os sinais, as senhas referentes ao santo sacerdócio e obter a
vossa exaltação eterna a despeito da Terra e do inferno...”.
O endowment, pois, nos prepara para viver
com Deus nosso Pai Eterno no Reino Celestial e ele nos ensina o que precisamos
fazer e como fazê-lo. Se não aprendermos não aprendermos, não poderemos jamais
chegar aos mundos sem fim.
Referindo-se ao selamento e ao
relacionamento da família eterna, disse o Presidente Brigham Young: “... Não
está ao meu alcance nem ao de qualquer outro homem na Terra entender plenamente
o casamento. Ele é sem princípios de dias ou fim de anos. É um assunto muito
difícil de entender...”.
Podemos saber algumas coisas a respeito
dele estabelecer os fundamentos para os mundos, para os anjos e os deuses e
para os elementos inteligentes serem coroados em glória e imortalidade e vida
eterna. De fato, o fio que corre do princípio ao fim, ligando o Santo Evangelho
de salvação, o evangelho do filho de Deus é de eternidade em eternidade. Isto
também foi um discurso de Brigham Young.
Toda mulher tem que entender que estas
bênçãos lhes são necessárias para a exaltação e que deve preparar-se
recebê-las.
Vejamos em D&C 132:15-17:”... Para
entenderdes a necessidade de obedecer ao novo e eterno convênio do casamento.
Portanto se um homem se casa com uma mulher no mundo e não se casar com ela por
meu intermédio nem por minha palavra e fizer convênio com ela enquanto estiver
no mundo e ela com ele, seus convênios de casamento não terão valor quando
morrerem e quando estiverem fora do mundo, portanto não estarão ligados por lei
alguma quando estiveres fora do mundo. Portanto quando estão fora do mundo não
se casam nem são dados em casamento, mas são designados anjos no céu, anjos
esses que são servos ministradores, para ministrar em favor daqueles que são
dignos de um peso muito maior, imensurável e eterno de glória. Porque esses
anjos não guardaram minha lei; portanto não podem crescer, mas permanecem
separados e solteiros, sem exaltação, no seu estado de salvação, por toda a
eternidade; e daí em diante não são deuses, mas anjos de Deus para todo o
sempre...”.
Em Doutrinas do Evangelho, Joseph Smith
pág. 422 diz o seguintes: “... Ó Deus, não permita que eu perca os meus. Não
posso perder aqueles que o Senhor me confiou e que dependem de mim para receber
diretrizes, instruções e a devida influência do Senhor. Me ajude salvar minha
família na medida que é possível ajudar outras pessoas. Sei que não posso
salvar os homens, mas ensiná-los a se salvarem. Então após terminar o trabalho
que fazer em meu próprio círculo familiar, procurarei tanto quanto possível
fazer o bem a outras pessoas...”.
O evangelho pode ser ensinado a grupos no
mundo espiritual, mas o indivíduo tem que ter fé no Senhor Jesus Cristo e
arrepender-se, uma vez que as ordenanças do evangelho necessárias à exaltação
têm que ser executada separadamente para cada indivíduo e nossos ancestrais que
estão além da sepultura dependem de nós para a realização dessas ordenanças por
eles e sua família.
Como podemos executar esse trabalho vicário
se desconhecemos os nomes daqueles que morreram e como poderemos edificar uma
pessoa que não está mais nesse mundo? Ao procurarmos identificar nossos
antepassados, é essencial que sigamos métodos adequados de pesquisas
genealógica. Quando elaboramos as histórias da família, é importante que cada
pessoa seja colocada em seu devido lugar.
Não há justificativa para métodos
simplificados, ou resultados dúbios quando está em jogo a salvação de nossos
familiares.
Não é nosso intento aqui discutir os passos
do processo de pesquisa. O mecanismo das pesquisas genealógicas variam muito de
lugar para lugar. A natureza do registro existente e o acesso aos mesmos e os
diferentes antecedentes históricos, dificultam a apresentação de métodos
definitivos para conduzir uma pesquisa completa e precisa. As regras básicas a
serem seguidas estão esboçadas em texto à nossa disposição, mas uma regra geral
que todos deveriam seguir é que cada um deve começar por si mesmo a colher
registros de familiares completos, partindo do conhecido para o desconhecido.
Não basta simplesmente ir ao Templo.
Precisamos ir ao Templo para salvar nossos próprios antepassados que estão
mortos e os mortos que não podem ser feitos sem fazermos pesquisas genealógicas
que acabaram por identificá-los, a fim de podermos realizar por eles as
ordenanças. Não só o batismo, mas também as ordenanças maiores incluindo o
selamento de seus familiares imediatos como temos os nossos selados aqui e em
seguida o selamento das nossas gerações anteriores.
Submissão de nomes
e frequencia ao templo
A pesquisa genealógica é apenas um meio
para atingir um fim. A meta sagrada é cumprida através da apresentação de nomes
e da freqüência ao Templo quando possível.
A submissão de nomes difere da pesquisa
genealógica. A pesquisa é o processo pelo qual reunimos todos os dados
identificadores que podemos sobre uma pessoa e sua família. Usamos tantas
fontes de informações quanto sejam necessárias para identificá-los
precisamente.
A submissão do nome e o processo formal de
preparação dos nomes para o trabalho no Templo é a razão de se ter um processo
sistemático para apresentação de nomes é criar um registro permanente de
ordenanças do Templo e evitar duplicações. A Igreja elaborou formulários para o
cumprimento desse propósito. O Departamento de História da Família tem
fornecido instruções sobre o preenchimento desses formulários e os métodos de
apresentá-los. Só devemos enviar os formulários ao Templo depois de terem sido
revisados pelo examinador de registro de história da família da Ala ou do Ramo.
Quando vamos ao Templo e atuamos em favor de alguém nós estamos tratando essa
pessoa como se estivesse vivendo aqui fazendo por ela exatamente o que ela teria
de fazer caso se encontrasse na vida mortal.
O
sagrado reigstro da família
Por que registros sagrados? Manter e usar os registros sagrados tem sido
desde o início, função da mais alta importância na vida do povo de Deus.
Vejamos o que dizem as escrituras em Moisés 6:4-6 e 45-46: “...Então começaram
esses homens e invocar o nome do Senhor.
E o Senhor abençoou-os e escrevia-se um
livro de recordações e era escrito no idioma de Adão, pois a todos que
invocavam a Deus, era concedido escrever pelo espírito de inspiração e por
eles, seus filhos foram ensinados a ler e escrever, tendo uma linguagem que é
pura e impoluta...”. “... E a morte veio aos nossos pais, não obstante nós os
conhecemos e não podemos negar e até o primeiro de todos conhecemos, sim, Adão.
Pois um livro de lembranças escrevemos entre nós de acordo com o modelo dado
pelo dedo de Deus. E foi dado em nosso próprio idioma...”.
Em Abraão também encontramos referências
sobres os registro, que está em Abraão 1:28-31, que diz o seguinte:”... Mas
tentarei daqui em diante, delinear a cronologia, partindo de mim e remontando
ao princípio da criação, pois os registros chegaram a minhas mãos e conservo-os
até hoje. Ora, após o sacerdote de Elquena ser ferido e morrer, cumpriram-se as
coisas que me foram ditas com respeito à terra da Caldéia que haveria fome na
terra.
Consequentemente houve fome por toda a
terra de Caldéia e meu pai foi dolorosamente atormentado por causa da fome; e
arrependeu-se do mal que determinara contra mim de tirar-me a vida. Mas os
registros dos pais, sim, dos patriarcas, a respeito do direito ao Sacerdócio, o
Senhor meu Deus preservou em minhas próprias mãos; portanto um conhecimento do
princípio da criação e também dos planetas e das estrelas, como fora dado a
conhecer aos patriarcas, conservei até hoje; e procurarei escrever algumas
dessas coisas neste registro, para benefício de minha posteridade que virá após
mim .... E assim Abraão fez um livro de registros.
Sempre foi uma responsabilidade sagrada
fazer livros de registros. Encontra-se registrado na Bíblia Sagrada, a história
do povo de Deus e a genealogia de Adão, de Jesus Cristo e outras. O Velho
estamento é originalmente o registro da posteridade de Adão.
Grande parte do que agora consideramos
escritura não passava de descrição de experiências espirituais e pessoais
destinadas a posteridade. Essas escrituras são registros familiares. Portanto
devemos escrever a respeito de nossa vida e experiências, para formar um
registro sagrado para nossos descendentes. Precisamos fornecer-lhes a mesma
força edificante e inspiradora que atualmente recebemos das escrituras antigas.
Mesmo uma pessoa que não tenha descendentes diretos ainda assim os membros da
família podem beneficiar-se com os sentimentos e experiências que registraram.
As histórias familiares unem os membros da família do passado, presente e
futuro. Podemos aprender a respeito de nossas famílias e de nós mesmos através
das histórias familiares.
Certo especialista em genealogia e história
familiar explicou: “... A genealogia não é um punhado de formulários contendo
registros de grupos familiares, gráficos de linhagem com registros de
descendentes e ascendentes, microfilmes, sumario de nomes e coisas de ordem
técnica. Estas são apenas ferramentas. A genealogia é o estudo de nossa
família, o estudo de nossos ancestrais, seu nascimento, sua infância, seus
sonhos, seus casamentos, sua ocupação seus filhos e sua morte. E como todas
essas coisas do passado têm um impacto no presente, a genealogia é o estudo de
nós mesmos...”.
Os registros podem aproximar as famílias.
Ao contemplar o que passaram nossos antepassados para que pudéssemos estar aqui; ao sentir sua fé e coragem,
sentir seu amor por nós e nosso amor por eles, percebemos o que é genuinamente
importante.
Começamos a compreender a eternidade da
família. As histórias pessoais e familiares podem ajudar-nos a compreender
situações que, de outro modo talvez não compreendêssemos.
Devemos seguir algumas diretrizes para
escrever nossa história. Quando as escrituras dos tempos antigos descrevem as
pessoas, elas incluem nomes, histórias individuais e da época, testemunhos,
conversões, conselhos, mandamentos, profecias e advertências. Ao fazermos
nossos próprios registros, podemos incluir muitos desses mesmos elementos.
A história pessoal pode ser escrita de
várias maneiras, já que cada indivíduo é diferente. Se você não sabe por onde
começar, comece com você mesmo. Escreva coisas que faça lembrar se de suas
bênçãos, suas experiências, suas alegrias.A história pessoal é bem mais curta
do que um diário, mas o diário pode servir de base para escrever a história
pessoal.
Por que não começar a escrever agora sua
história e a história de sua família enquanto é recente e os pormenores estão
ainda na memória?
Escreva seus feitos e realizações, seus
mais profundos pensamentos, seus sucessos e fracassos, seus empreendimentos e
triunfos, suas impressões e testemunhos. Se puder escreva a biografia de seus
parentes imediatos e remotos se for possível. Procure obter informações com os
membros mais antigos da família.
Em Provérbios 6:20-21, diz o seguinte: “...Guarda
o mandamento de teu pai, e não deixes a lei de tua mãe, ata-os perpetuamente ao
teu coração...”.
Devemos apreciar nossa herança e honrá-la,
vivendo retamente.
Honrar o passado pode promover um futuro
digno, estudar nossa herança e honrar nossos antepassados dignos pode ser uma
influência em nossa família. Exemplo da vida de pessoas dignas nos animam
quando estamos desanimados, guiam-nos quando temos de tomar decisões,
motivam-nos a vencer nossas dificuldades e nos fortalecem para o viver reto.
Os costumes e condições de nossos
antepassados podem diferir das nossas próprias, ainda assim contam com
experiências que são significativos para nós. É bom olharmos para o passado a
fim de apreciarmos o presente e termos uma perspectiva para o futuro.
O Presidente Spencer W. Kimball disse: “...Muito
do que hoje consideramos como escrituras não são nada mais, nada menos que o
resultado de que os homens escreveram sobre suas próprias experiências
espirituais para o benefício de sua posteridade. Onde estaríamos nós se Moisés
não houvesse escrito sua história e a do mundo naqueles tão importantes cinco
livros do velho testamento? O que Moisés possuía?
Moisés possuía as tradições, os registros,
a fé e a disposição para escrever. E nos abençoou através das eternidades, pelo
serviço que nos prestou, escrevendo aqueles cinco livros. Quão gratos somos por
Abraão Ter escrito a história de sua vida, por esses importantes seguimentos da
história do mundo e por suas próprias revelações, pensamentos, sentimentos e ricas
experiências...”.
O Presidente Joseph Smith disse: “...Se
Deus não tivesse mandado manter registros e nos não dispuséssemos desses
registros referente aos negócios do Senhor, com os homens na Terra, este mundo
ter-se-ia degenerado em selvageria, Satanás o teria reduzido a um perfeito
cativeiro...”.
Não teria havido conhecimento com
referência às gerações passadas. O Senhor, em Seu amor e misericórdia,
providenciou que sua palavra fosse registrada e, ainda, que grande parte tenha
chegado até nós adulterada, não obstante, muita coisa foi preservada pelo poder
do onipotente. E é nesses registros divinos que nações basearam em grande parte
suas civilizações.
Que bênção constitui para a humanidade o
fato de esses sagrados registros terem sido preservados , que bênção para
nossos filhos, se lhes transmitisse os registros sagrados de nossa família.
O Deputado Israel Dias Novais disse que:
“...O homem que não registra o passado humilha o presente e compromete o
futuro...”.
Disse o Presidente Spencer W. Kimball: “...Se
o homem não mantém um diário, o caminho se desmorona atrás dele assim que passa
e os dias passados são pouco mais que um vazio interrompido por raras sombras
distorcidas...”.
Sua vida está totalmente confinada no hoje,
a vida da pessoa que mantém um diário é enriquecida. E mais de um milhão de
pequenos vínculos e laços a prender aos membros do círculo familiar e a todos
com quem conviver.
Existem muitas razões para manter registros
de nossa vida a mais importante é que o Senhor mandou que o façamos. Assim como
os profetas devem registrar os negócios do Senhor com a Igreja, é importante
que registremos os negócios de Deus conosco.
O Senhor disse através de Néfi: “...Porque
ordeno a todos os homens, tanto no leste como no oeste, tanto no norte como no
sul e nas ilhas do mar que escrevam as palavras que lhes falei porque pelos
livros que forem escritos, julgarei o mundo, e cada homem de acordo com suas
obras, conforme está escrito...”.
Todos os acontecimentos importantes do
passado foram registrados pelos profetas do Senhor, e por homens dignos e
inspirados que também escreveram as histórias das famílias da Terra,
especialmente os genealogistas. E todos os acontecimentos importantes de nossa
vida e da vida de nossos familiares deve ser registrado por nós, pois pode ser
útil para nossa posteridade. Seu diário pessoal deve conter sua verdadeira
personalidade, seu verdadeiro eu, sem esconder suas próprias fraquezas.
Há uma tendência muito humana, de ressaltar
nossas virtudes dando-lhes mais colorido em encobrir nossos defeitos, mas há
também a perigosa tendência oposta de acentuar o lado negativo.
O Presidente Spencer W. Kimball: “...Eu
pessoalmente sinto pouco respeito por aqueles que se demora nas fases escuras e
feias da vida que está retratando, seja a própria ou a de outrem...”.
A verdade deve ser dita, mas sem
destacar os aspectos negativo. Mesmo uma
vida longa repleta de experiências inspiradora, pode ser arrasada por uma
ocorrência desabonadora.
Por que demorar num fato vil a respeito de
alguém cuja vida tem sido geralmente um exemplo de retidão? O bom biografo não
se deve deixar levar pela paixão, mas pelo bom senso. Ele suprimirá o
irrelevante e buscará o forte, o peculiar, o interessante.
Que poderiam vocês deixar de melhor para
seus filhos e netos, do que a história de sua vida, seus triunfos sobre a
adversidade, sua recuperação de uma queda moral, seus progressos quando tudo
parecia trevas, seu regozijo quando finalmente conseguiram vencer?
Os homens têm tentado escrever e transmitir
suas idéias, pensamentos e sentimentos, através de milênios, mesmo antes de se
inventar o alfabeto e alguns deles querendo ser lembrados e parecer
importantes, construíram para aí enormes pirâmides ou maciços estátuas de
mármore ou de bronze, outros conquistaram nações para garantir um lugar na
história.
O que podemos fazer para aqueles que nos
seguem, se lembrar de nós? Construir pirâmides? Erguer monumentos? Nada disso é
necessário! Podemos ser conhecidos e lembrados para sempre pelos registros que
fazemos em vida, a respeito de nossas ancestrais de nossa própria vida e
experiências, compondo registros sagrados através de longas e árduas pesquisas,
para nossos descendentes e quem possa interessar. Talvez os anjos possam tirar
dali citações que valham para a eternidade.
Providencair
as ordenanaças para seus antepassados
Na igreja, fazer o trabalho de história da
família significa identificar seus antepassados e providenciar para eles as
ordenanças do Templo. Este não é um serviço que se faz tudo de uma vez. Sob
certos aspectos, você participa dele durante toda a vida. No entanto, não deve
tentar fazer tudo de uma só vez. Decida o que fazer considerando, em oração,
sua situação, recursos e habilidades. Em Mosias 4:27 diz o seguinte: “...E vede
que todas estas coisas sejam feitas com sabedoria e ordem; porque não se exige
que o homem corra mais rapidamente do que suas forças o permitam. E novamente é
necessário que ele seja diligente, para que assim possa ganhar o galardão;
portanto todas as coisas devem ser feitas em ordem...”.
Ao providenciar as ordenanças para seus
antepassados, não procure determinar sua dignidade, pensar se aceitarão ou não
as ordenanças ou avaliar os sentimentos de outras pessoas. Para que seja válida
na eternidade qualquer ordenança a favor dos mortos, precisa ser aceita pelas
pessoas envolvidas, merecida pela dignidade individual e selada pelo Espírito
Santo da promessa.
Em Doutrina e Convênios 132:7 está
registrado o seguinte: “...Em verdade eu te digo que estas são as condições
dessa lei: Todos os convênios, contratos, vínculos, compromissos, juramentos,
votos, práticas, ligações, associações ou expectativas que não forem feitas nem
acertadas nem seladas pelo Santo Espírito da promessa, , tanto para esta vida
como para toda a eternidade, por meio daquele que foi ungido e essa também de
maneira muito sagrada, por revelação e mandamento, por meio de meu ungido, a
quem designei na terra para possuir esse poder nas últimas, não terão eficácia,
virtude ou vigor algum na ressurreição dos mortos nem depois dela porque todos
os contratos que não são realizados com esse propósito têm fim quando os homens
morrem. Estas determinações são feitas por Deus do outro lado do véu...”.
Por
onde começar ?
O trabalho de história da família inclui
geralmente três passos:
1)
identificar
seus antepassados;
2)
averiguar
que antepassado necessita de ordenanças do templo;
3)
certificar-se
de que as ordenanças sejam realizadas.
Já que está apenas começando, preencha um
gráfico de linhagem e um registro de grupo familiar para si mesmo. No gráfico
de linhagem, escreva primeiramente seu nome, depois o de seus pais e de seus irmãos avós e bisavós e assim por diante.
Se for casado, preencha dois registros de
grupo familiar; um que mostre você como marido, ou mulher e o outro indicando-o
como filho ou filha.
Depois de haver preenchido estes
formulários para si e sua família imediata, comece a coletar informações sobre
os antepassados que forem mais fáceis de identificar. Geralmente isto não
requer habilidade em pesquisa genealógica. A coisa mais importante que precisa
fazer é o desejo de providenciar as ordenanças salvadoras do evangelho para
aqueles que estão no mundo espiritual, esperando para recebê-las, esperam por
você.
Não se esqueça da vigorosa influência que o
espírito pode Ter na identificação de seus antepassados.
Ao exercer fé, nomes e informações que
pareciam impossível de encontrar podem ser conseguidos de modos e em lugares
inesperados. Se não conseguir obter informações sobre um determinado
antepassado, seja paciente. No meio tempo, peça ao Senhor que dirija sua
atenção para outros antepassados cuja informações sejam mais acessíveis.
A fim de obter ajuda adicional para
identificar seus antepassados e proporcionar-lhes as ordenanças entre em
contato com os consultores da história da família da ala. Eles poderão ajudá-lo
a completar este passo e cada um dos outros, a medida que prosseguir no
trabalho de providenciar ordenanças do templo para eles.
Procure entrar em contato com os seus
parentes, para obter registros familiares que já tenham sido coligidas e
organizadas você poderá encontrar certidões de nascimento, casamento e óbito,
histórias familiares, diários, registros e históricos. Procure entrar em
contato com o Instituto Genealógico Brasileiro, situado na Rua Sete de Abril,
230, telefone 257-4840, São Paulo. Lá, você poderá encontrar obras publicadas
por vários genealogistas como segue:
a)
Famílias
da Bahia – publicado pelo Instituto Genealógico da Bahia;
b)
Famílias
Pernambucanas pelo autor Frei Jaboatão;
c)
Famílias
Mineiras pelo autor Artur Resende;
d)
Famílias
Paulistanas pelos autores Luiz Gonzaga da Silva Leme e Pedro Taques;
e)
Famílias
do Rio de Janeiro e Famílias Fluminenses pelo autor Conselheiro Macedo Soares;
f)
Famílias
do Rio Grande do Sul pelos autores João Pinto da Fonseca e Godofredo Felizardo.
Maria
José Antunes
Dez 2005
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