A arte de ouvir é a arte de se esvaziar
para ouvir o que os outros têm para dizer e não o que queremos ouvir, a
capacidade de se colocar no lugar dos outors e percevber as dores e
necessidades sociais.
Penetrar no coração psíquico e desvendar
as causas da agressividade, da timidez da angústia, dos comportamentos
estranhos. Interpretar o que as palavras não disseram e o que as imagens não
revelaram, ter sensibilidade para respeitar as lágrimas visíveis e perceber as
que não foram choradas.
A arte de dialogar é a arte de falar de
si mesmo, trocar experiência de vida. Revelar segredos do coração. Ser
transparente, Não simular os sentimentos e as intenções. Não ter vergonha de
suas falhas, nem medo dos seus fracassos respeitar os limites e os conflitos
dos outros. Não dar respostas superficiais.
O diálogo interpessoal que cruza os mundos psíquicos e
implode a solidão. A arte de ouvir e de
dialogar são duas das mais nobres funções
da inteligência. Elas são cultivadas no terreno da confiabilidade da
empatia e da liberdade. Onde há falta de confiança muitas cobranças excessivas e controle social,
essas duas preciosas artes da inteligência não sobrevivem.
As duas artes se complementam. Uma depende da outra. Quem não aprender a ouvir nunca aprenderão a dialogar. Quem não aprender a falar de si mesmo, nunca será um bom ouvinte.
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