O propósito desse blog, é compartilhar meus pensamentos, citações e principalmente artigos de genealogia, que tem sido por muitos anos um assunto que tenho estudado e adquirido experiência.

Senti o desejo e a necessidade de deixar um pouco desse legado a todos que tiverem interesse. O profeta do velho testamento Malaquias que viu nossos dias, fez a seguinte profecia: "Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais ...". Essa profecia feita cerca de 2.400 anos atrás, podemos constatar hoje nesses últimos dias, o cumprimento dela, quando surge um interesse quase inexplicável na nova geração, em conhecer sua origem, e sua a história.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Momentos de Inspiração - Missão de Genealogia em 1982



Cinco horas da manhã, abri os olhos olhei pela janela, o dia vinha rompendo e rompendo dentro de mim mais uma vez o desejo de servir. Servir com amor o meu pensamento dirigiu-se para a sociedade de socorro peguei a revista Claudia e o manual de regras de etiqueta social para montar uma aula para um jantar de cerimônia e uma recepção informal para ser dada no dia 21 deste mês. Na medida em que escrevia controlava os minutos. Às seis horas Pedro e eu nos ajoelhamos e oramos antes de sair. Apanhei o material para estudar durante o trajeto para os escritórios da Igreja onde estava fazendo missão de genealogia, para extração de registos. Enquanto lia a apostila meu pensamento interrompia-se com várias lembranças gratificantes. Um doce sentimento de paz e alegria envolveu-me, senti fortemente a presença do Espírito Santo, meu entendimento se abriu e muitos fatos se tornaram evidentes em minha mente fatos que ocorreram em momentos muito especiais.

Naquele momento edificante para mim em que eu estava envolvida por pensamentos celestiais e sentindo um fortíssimo e profundo testemunho da veracidade do evangelho, o espírito testificou que Jesus Cristo é o filho do Deus Vivo, senti como se uma força invisível inflasse o meu coração e a caixa torácica não pudesse conter o volume e o meu peito ardia de uma forma que não poderia ser confundida com uma dor precordial. Senti um nó na garganta, as lágrimas fluíram dos meus olhos quando me dei conta que não estava no Templo do Senhor, apenas transformando um coletivo onde muitos filhos de Deus viajavam talvez com sentimentos opostos ao meu, num recinto sagrado.

Saltei do ônibus, olhei para o céu e para o templo: ainda envolvida pelo sentimento que me dominava, continuei caminhando para os escritórios da igreja; durante o trajeto meu pensamento divagava, a inspiração aumentava e meu cérebro se transformava num palco iluminado cenas divinas se desenrolavam no meu pensamento. Adentrando o portão do templo a atmosfera de paz do jardim a beleza das flores contribuíram para que a inspiração aumentasse, infelizmente não tinha papel e caneta para registrar as impressões daquele momento sagrado. Cheguei ao escritório com muita disposição para o trabalho. Aquele nome que eu extraia daquele registro danificado e quase ilegível do microfilme, despertou em minha alma um sentimento de gratidão, pois não era só um nome; era a identificação de um ser criado à imagem e semelhança do seu criador, que veio a esta terra para cumprir o propósito de sua criação: aquele nome não revelava sua biografia, mais uma coisa era certa: como todo ser humano passou por essa terra e deixaram registrado no livro da vida suas lágrimas, suas dores, seus sorrisos, suas realizações, seus triunfos. Seus fracassos, suas conquistas suas vitórias, depois deixou seu corpo se decompondo no seio da terra e partiu para uma nova vida e ficou no lugar de espera aguardando seu resgate da prisão. A caneta que eu segurava nas mãos simbolizava a liberdade daquele ser, pois com ela iria registrar o seu nome nos registros da Igreja para que as ordenanças sagradas no templo do Senhor fossem realizadas em seu favor.

Trabalhei o dia todo, extraí muitos nomes o dia foi maravilhoso! Permaneci em estado de graça.

Maria José Antunes
1982

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