O propósito desse blog, é compartilhar meus pensamentos, citações e principalmente artigos de genealogia, que tem sido por muitos anos um assunto que tenho estudado e adquirido experiência.

Senti o desejo e a necessidade de deixar um pouco desse legado a todos que tiverem interesse. O profeta do velho testamento Malaquias que viu nossos dias, fez a seguinte profecia: "Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais ...". Essa profecia feita cerca de 2.400 anos atrás, podemos constatar hoje nesses últimos dias, o cumprimento dela, quando surge um interesse quase inexplicável na nova geração, em conhecer sua origem, e sua a história.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Biografia Pedro Antunes dos Santos - Parte 1

                                    
Pedro Antunes dos Santos nasceu no dia 24 de setembro de 1919, na fazenda Santo Antonio, no bairro dos Bicudos em Guaratinguetá, filho de Benedito Antunes dos Santos e Maria Benedita Ferreira da Costa, ambos descendentes das  mesmas tradicionais famílias  de Guaratinguetá: Seus pais eram primos; os avô e  bisavôs de ambos também eram primos (ver gráfico de linhagem) seus bisavôs eram trinetos do Capitão- Mor  Antônio Galvão de França e sua mulher Izabel Leite de Barros. Capitão Mor Antonio Galvão de França era filho de Manoel de França e de Águeda Maria Galvão naturais de Algarves e  poderosos comerciantes em Vila Nova de Portimão Portugal. Isabel Leite de Barros era filha de Gaspar Garcia Leite e Maria leite de Barros, proprietários  do Porto dos Correias  onde foi encontrada a imagem da Virgem Maria (denominada Nossa Senhora  da Aparecida por ter sido encontrada: a imagem era do proprietário José Garcia Leite , tio  paterno de Izabel  Leite de Barros,  devido a inundação que ocorreu na fazenda dos correias as águas derrubaram a Capela e levaram as imagens pela correnteza, entre outras a imagem da virgem Maria.

Segundo sua mãe Pedro foi uma criança muito especial sendo o quarto filho era muito diferente dos demais irmãos: foi uma criança muito humilde, Obediente, amorosa, fazia tudo para agradar seus pais. Dificilmente o viam chorar, vivia  constantemente sorrindo: despertou um grande amor nos corações de seus pais e  irmãos, especialmente em seu avô Capitão  Antonio Antunes Vasconcelos que entre dezenas de netos Pedro era o seu preferido devido as grandes virtudes que possuía. Diz sua mãe que nunca foi necessário repreendê-lo. Ao terminar o curso fundamental na escola rural situada na sede da fazenda de seu pai, foi para a casa de seu avô Capitão Antonio Antunes Vasconcelos em Guaratinguetá para continuar seus estudos. Concluiu o ginásio no colégio Dr. Lamartine Del Amare, e cursou a escola de comercio até o segundo ano, interrompeu seus estudos para fazer o Tiro de Guerra a fim de ser dispensado pelo Exercito. Recebeu certificado de segunda categoria.

Pedro era um jovem muito feliz: seu sorriso contagiante conquistava amigos, teve muitas namoradas, adorava passear gostava de assistir espetáculos de  circo, parque de diversões. Diz sua irmã Chiquinha que Pedro era muito vaidoso gostava de se vestir bem, não saia de casa com roupas esportes sempre usou terno e gravata. Aos domingos gostava de ir á praça principal da cidade para encontrar com os amigos. Era muito religioso pertencia á congregação Mariano. Quer dizer devoto de Nossa Senhora, frequentava a Igreja  Católica assistia a missa aos domingos.  

No ano de 1942 com 23 anos  foi convocado pelo Exercito, na época da segunda guerra mundial, para servir como expedicionário das Forças Armadas  Brasileiras: se apresentou no dia 17/10/1942. Foi um choque muito grande para Pedro e sua família. Seus pais ficaram desesperados, choraram muito, sua mãe orava incessantemente, pedindo ajuda de Deus para livrar seu filho dos horrores do campo de batalha. Quando terminava seus afazeres  ficava de joelhos em frente seu oratório e permanecia por longo tempo em oração, diariamente.




Na madrugada do dia 18/10/1942 , no quartel de Pindamonhangaba foi o dia mais terrível de sua vida. Diante do Comandante recebendo severa advertência e ordem de partida, foram o momento mais angustiante até então vividos. Com o rosto banhado em lágrimas e o coração num  ritmo acelerado dentro do peito, sentiu sua incapacidade diante de uma missão nobre, de ariscar sua vida num campo de batalha ou de ver tombar  ensanguentado seus companheiros de luta, ouvir os rumores da guerra   os rugidos dos canhões, a incerteza se voltária ou não, para os seus entes queridos.

Pode-se imaginar quão grande fora o seu sofrimento, justamente pelo padrão de vida que levara: inexperiente, criado sob os cuidados e carinho de pais amorosos: sem saber o que era sofrimento, gozando de bens e fortuna de seus pais; com criados a sua disposição para servi-lo no que desejasse, E nesse dia, em plena primavera, em que o sol brilhava sobre o cafezal, e os campos estavam floridos, as vacas mugindo nos currais e as galinhas, galos, patos, gansos, perus e pombas festejavam no terreiro da fazenda de seu pai: as vinte famílias dos colonos saiam cantando para o trabalho: uns iam para o mangueiro ordenhar as vacas, outros para cuidar da lavoura e outros para roçar os pastos. Como teria sido difícil abandonar tudo isso para  engajar numa  missão imprevisível, para uma luta num campo de batalha, sentir a cada instante o pavor da morte. 




A tropa foi reunida e ás duas horas da madrugada partiram para o litoral; Primeiro para Caraguatatuba depois para São Sebastião onde ficaram de patrulha guardando os portos e fazendo treinamento e manobras de guerra. Passou por terríveis dificuldades: em Fevereiro de 1943 partiu junto do Segundo escalão das Forças Expedicionária Brasileira para o rio de janeiro para treinamentos pesados e manobra de  guerra.








Em julho do mesmo ano foi transferido para Santa Crus, subdistrito do Rio de Janeiro, permaneceu por alguns dias, se preparou e voltou  com as tropas para o Rio de Janeiro para embarque para Itália. No momento da partida, dentro do navio sem pelo menos poder dizer adeus e abraçar os seus pais e seus irmãos, ficou psicologicamente muito abalado. Antes da partida foi examinado por uma junta medica; pelo seu transtorno emocional foi julgado incapaz para prosseguir viagem para Itália. 

Ficou guardando fronteiras, posteriormente. Regressou para  o quartel de Lorena La ficou com o pessoal da reserva até o termino da guerra, recebeu baixa no ano de 1945. Voltou para a fazenda de seu pai e abriu uma cantina para suprir os colonos da fazenda e os daquela região. Em 30 de dezembro de 1948 se casou com Maria José descendente das famílias: Monteiro de Noronha, Batista Ferreira do lado paterno, e do  Lado materno, das famílias: Rebouças da Palma, Andrade de Castro


Continuação no próximo texto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário