Pedro
Antunes dos Santos nasceu no dia 24 de setembro de 1919, na fazenda Santo
Antonio, no bairro dos Bicudos em Guaratinguetá, filho de Benedito Antunes dos
Santos e Maria Benedita Ferreira da Costa, ambos descendentes das mesmas tradicionais famílias de Guaratinguetá: Seus pais eram primos; os
avô e bisavôs de ambos também eram
primos (ver gráfico de linhagem) seus bisavôs eram trinetos do Capitão-
Mor Antônio Galvão de França e sua
mulher Izabel Leite de Barros. Capitão Mor Antonio Galvão de França era filho
de Manoel de França e de Águeda Maria Galvão
naturais de Algarves e poderosos
comerciantes em Vila Nova
de Portimão Portugal. Isabel Leite de Barros era filha de Gaspar Garcia Leite
e Maria leite de Barros, proprietários
do Porto dos Correias onde foi
encontrada a imagem da Virgem Maria (denominada Nossa Senhora da Aparecida por ter sido encontrada: a imagem era do proprietário José Garcia
Leite , tio paterno de Izabel Leite de Barros, devido a inundação que ocorreu na fazenda dos
correias as águas derrubaram a Capela e levaram as imagens pela correnteza,
entre outras a imagem da virgem Maria.
Segundo
sua mãe Pedro foi uma criança muito especial sendo o quarto filho era muito
diferente dos demais irmãos: foi uma criança muito humilde, Obediente, amorosa,
fazia tudo para agradar seus pais. Dificilmente o viam chorar, vivia constantemente sorrindo: despertou um grande amor
nos corações de seus pais e irmãos,
especialmente em seu avô Capitão Antonio
Antunes Vasconcelos que entre dezenas de netos Pedro era o seu preferido devido
as grandes virtudes que possuía. Diz sua mãe que nunca foi necessário
repreendê-lo. Ao terminar o curso fundamental na escola rural situada na sede
da fazenda de seu pai, foi para a casa de seu avô Capitão Antonio Antunes
Vasconcelos em Guaratinguetá para continuar seus estudos. Concluiu o ginásio no
colégio Dr. Lamartine Del Amare, e cursou a escola de comercio até o segundo
ano, interrompeu seus estudos para fazer o Tiro de Guerra a fim de ser
dispensado pelo Exercito. Recebeu certificado de segunda categoria.
Pedro
era um jovem muito feliz: seu sorriso contagiante conquistava amigos, teve
muitas namoradas, adorava passear gostava de assistir espetáculos de circo, parque de diversões. Diz sua irmã
Chiquinha que Pedro era muito vaidoso gostava de se vestir bem, não saia de
casa com roupas esportes sempre usou terno e gravata. Aos domingos gostava de
ir á praça principal da cidade para encontrar com os amigos. Era muito
religioso pertencia á congregação Mariano. Quer dizer devoto de Nossa Senhora,
frequentava a Igreja Católica assistia a
missa aos domingos.
No
ano de 1942 com 23 anos foi convocado pelo Exercito, na época da
segunda guerra mundial, para servir como expedicionário das Forças Armadas Brasileiras: se apresentou no dia 17/10/1942.
Foi um choque muito grande para Pedro e sua família. Seus pais ficaram
desesperados, choraram muito, sua mãe orava incessantemente, pedindo ajuda de
Deus para livrar seu filho dos horrores do campo de batalha. Quando terminava
seus afazeres ficava de joelhos em frente seu oratório e permanecia por
longo tempo em oração, diariamente.
Na
madrugada do dia 18/10/1942 , no quartel de Pindamonhangaba foi o dia mais
terrível de sua vida. Diante do Comandante recebendo severa advertência e ordem
de partida, foram o momento mais angustiante até então vividos. Com o rosto
banhado em lágrimas e o coração num
ritmo acelerado dentro do peito, sentiu sua incapacidade diante de uma
missão nobre, de ariscar sua vida num campo de batalha ou de ver tombar ensanguentado seus companheiros de luta,
ouvir os rumores da guerra os rugidos
dos canhões, a incerteza se voltária ou não, para os seus entes queridos.
Pode-se
imaginar quão grande fora o seu sofrimento, justamente pelo padrão de vida que
levara: inexperiente, criado sob os cuidados e carinho de pais amorosos: sem
saber o que era sofrimento, gozando de bens e fortuna de seus pais; com criados
a sua disposição para servi-lo no que desejasse, E nesse dia, em plena
primavera, em que o sol brilhava sobre o cafezal, e os campos estavam floridos,
as vacas mugindo nos currais e as galinhas, galos, patos, gansos, perus e
pombas festejavam no terreiro da fazenda de seu pai: as vinte famílias dos
colonos saiam cantando para o trabalho: uns iam para o mangueiro ordenhar as
vacas, outros para cuidar da lavoura e outros para roçar os pastos. Como teria
sido difícil abandonar tudo isso para
engajar numa missão imprevisível,
para uma luta num campo de batalha, sentir a cada instante o pavor da morte.
A
tropa foi reunida e ás duas horas da madrugada partiram para o litoral; Primeiro
para Caraguatatuba depois para São Sebastião onde ficaram de patrulha guardando
os portos e fazendo treinamento e manobras de guerra. Passou por terríveis dificuldades:
em Fevereiro de 1943 partiu junto do Segundo
escalão das Forças Expedicionária
Brasileira para o rio de janeiro para treinamentos pesados e manobra de guerra.
Em julho do mesmo ano foi transferido para Santa Crus, subdistrito do Rio de Janeiro, permaneceu por alguns dias, se preparou e voltou com as tropas para o Rio de Janeiro para embarque para Itália. No momento da partida, dentro do navio sem pelo menos poder dizer adeus e abraçar os seus pais e seus irmãos, ficou psicologicamente muito abalado. Antes da partida foi examinado por uma junta medica; pelo seu transtorno emocional foi julgado incapaz para prosseguir viagem para Itália.
Ficou guardando fronteiras, posteriormente. Regressou para o quartel de Lorena La ficou com o pessoal da reserva até o termino da guerra, recebeu baixa no ano de 1945. Voltou para a fazenda de seu pai e abriu uma cantina para suprir os colonos da fazenda e os daquela região. Em 30 de dezembro de 1948 se casou com Maria José descendente das famílias: Monteiro de Noronha, Batista Ferreira do lado paterno, e do Lado materno, das famílias: Rebouças da Palma, Andrade de Castro
Em julho do mesmo ano foi transferido para Santa Crus, subdistrito do Rio de Janeiro, permaneceu por alguns dias, se preparou e voltou com as tropas para o Rio de Janeiro para embarque para Itália. No momento da partida, dentro do navio sem pelo menos poder dizer adeus e abraçar os seus pais e seus irmãos, ficou psicologicamente muito abalado. Antes da partida foi examinado por uma junta medica; pelo seu transtorno emocional foi julgado incapaz para prosseguir viagem para Itália.
Ficou guardando fronteiras, posteriormente. Regressou para o quartel de Lorena La ficou com o pessoal da reserva até o termino da guerra, recebeu baixa no ano de 1945. Voltou para a fazenda de seu pai e abriu uma cantina para suprir os colonos da fazenda e os daquela região. Em 30 de dezembro de 1948 se casou com Maria José descendente das famílias: Monteiro de Noronha, Batista Ferreira do lado paterno, e do Lado materno, das famílias: Rebouças da Palma, Andrade de Castro
Continuação no próximo texto.