O propósito desse blog, é compartilhar meus pensamentos, citações e principalmente artigos de genealogia, que tem sido por muitos anos um assunto que tenho estudado e adquirido experiência.

Senti o desejo e a necessidade de deixar um pouco desse legado a todos que tiverem interesse. O profeta do velho testamento Malaquias que viu nossos dias, fez a seguinte profecia: "Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais ...". Essa profecia feita cerca de 2.400 anos atrás, podemos constatar hoje nesses últimos dias, o cumprimento dela, quando surge um interesse quase inexplicável na nova geração, em conhecer sua origem, e sua a história.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

REUNIÃO FAMILIAR


             AS REUNIÕES FAMILIARES PROPORCIONAM LAZER, APRENDIZADO
                                         E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
  

DEUS organizou-nos em família para que pudéssemos crescer com alegria e segurança e aprender a amar as outras pessoas de maneira altruísta.
Enumeras pessoas estão tentando encontrar seus antepassados e  unir os laços familiares do passado, ao presente, e possivelmente ao futuro.







As reuniões de família permitem aos familiares se conhecerem, e se apreciarem mutualmente.
A sentir-se parte de uma importante unidade que poderá durar para sempre nesta vida e ultrapassar os limites das fronteiras da eternidade.






Caso as distancias não permitam as reuniões frequentes, as famílias poderão planejar periodicamente reuniões especiais tais como:FESTA DE ANIVERSÁRIO, CASAMENTO, BATIZADO, FESTA DE NOIVADO, LANÇAMENTO DE LIVRO...

                   LANÇAMENTO DO LIVRO DA FAMÍLIA ANDRADE ALMADA,
                 ASCENDÊNCIA E DESCENDÊNCIA EM PORTUGAL E NO BRASIL 
                                                     1754-2007

Reunião da família Andrade Almada, realizada em Guaratinguetá no restaurante pesqueiro, para melhor comodidade para 400 pessoas da família.
O entrosamento, experiências e testemunho dos familiares causaram fortes emoções.









As atividades familiares podem ser flexíveis quando  necessário para admitir reuniões familiares diversas.
As possíveis dificuldades para tais reuniões podem ser; cidades diferentes, longas distancias, horários desencontrados, falta de dinheiro, falta de tempo, e a maior de todas a falta de interesse.

                           REUNIÕES FAMILIARES INTIMAS

 As reuniões familiares intimas são momentos sagrados; quando um chefe de família recebe um chamado especial, tais como, BISPO, PRESIDENTE DE ESTACA, SETENTA, APÓSTOLO, PROFETA, PRESIDENTE DA IGREJA...chamado em que o chefe de família dispõe de grande parte de seu tempo, ou tempo integral para servir na edificação do reino de DEUS aqui na terra; com sua companheira eterna a rainha do lar.














segunda-feira, 27 de maio de 2013

Histórico da Imigração no Brasil

Histórico

Imigrantes a bordo, observando a cidade, momentos antes de desembarcar em Santos, SP, s/d
Acervo Museu da Imigração - SP
A vinda de imigrantes para o Brasil, ressalvada a presença dos portugueses - colonizadores do País - delineia-se a partir da abertura dos portos às "nações amigas" (1808) e da independência do País (1822). À margem dos deslocamentos populacionais voluntários, cabe lembrar que milhões de negros foram obrigados a cruzar o oceano Atlântico, ao longo dos séculos XVI a XIX, com destino ao Brasil, constituindo a mão-de-obra escrava.Os monarcas brasileiros trataram de atrair imigrantes para a região sul do País, oferecendo-lhes lotes de terra para que se estabelecessem como pequenos proprietários agrícolas. Vieram primeiro os alemães e, a partir de 1870, os italianos, duas etnias que se tornaram majoritárias nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, a grande leva imigratória começou em meados de 1880, com características bem diversas das acima apontadas.
 A principal região de atração passou a ser o estado de São Paulo e os objetivos básicos da política imigratória mudaram. Já não se cogitava de atrair famílias que se convertessem em pequenos proprietários, mas de obter braços para a lavoura do café, em plena expansão em São Paulo. A opção pela imigração em massa foi a forma de se substituir o trabalhador negro escravo, diante da crise do sistema escravista e da abolição da escravatura (1888). Ao mesmo tempo, essa opção se inseria no quadro de um enorme deslocamento transoceânico de populações que ocorreu em toda a Europa, a partir de meados do século XIX, perdurando até o início da Primeira Guerra Mundial. A vaga imigratória foi impulsionada, de um lado, pelas transformações sócio-econômicas que estavam ocorrendo em alguns países da Europa e, de outro, pela maior facilidade dos transportes, advinda da generalização da navegação a vapor e do barateamento das passagens. A partir das primeiras levas, a imigração em cadeia, ou seja, a atração exercida por pessoas estabelecidas nas novas terras, chamando familiares ou amigos, desempenhou papel relevante. Nas Américas, pela ordem, os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil foram os principais países receptores de imigrantes.
    No caso brasileiro, os dados indicam que em torno de 4,5 milhões de pessoas imigraram para o país entre 1882 e 1934. Destes, 2,3 milhões entraram no estado de São Paulo como passageiros de terceira classe, pelo porto de Santos, não estando, pois, aí incluídas entradas sob outra condição. É necessário ressalvar, porém, que, em certas épocas, foi grande o número de retornados. Em São Paulo, por exemplo, no período de crise cafeeira, (1903-1904), a migração líquida chegou a ser negativa. Um dos traços distintivos da imigração para São Paulo, até 1927, foi o fato de ter sido em muitos casos subsidiada, sobretudo nos primeiros tempos, ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos e, até certo ponto, na Argentina.
 O subsídio consistiu no fornecimento de passagem marítima para o grupo familiar e transporte para as fazendas e foi uma forma de atrair imigrantes pobres para um país cujo clima e condições sanitárias não eram atraentes. A partir dos anos 30, a imigração em massa cedeu terreno. A política nacionalista de alguns países europeus - caso típico da Itália após a ascensão de Mussolini - tendeu a colocar obstáculos à imigração para a América Latina.
    No Brasil, a demanda de força de trabalho, necessária para o desenvolvimento industrial, passou a ser suprida, cada vez mais, pelas migrações internas. Habitantes do Nordeste do País e do estado de Minas Gerais abandonaram suas regiões em busca do "el-Dorado paulista". Na década de 30, somente os japoneses, ligados à pequena propriedade agrícola, continuaram a vir em grande número para São Paulo. Em anos mais recentes, a imigração para o Brasil, qualitativamente, diversificou-se bastante. Novas etnias se juntaram às mais antigas, como é o caso da imigração de países vizinhos - Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia etc. - tanto por razões profissionais como políticas.
    Coreanos passaram a compor a paisagem da cidade de São Paulo, multiplicando restaurantes e confecções. Após os primeiros anos de dificuldades extremas, que não foram muito diversas das que atravessaram em outros países, os imigrantes acabaram por se integrar à sociedade brasileira. Em sua grande maioria, ascenderam socialmente, mudando a paisagem sócio-econômica e cultural do Centro-sul do Brasil.
    No Sul, vincularam-se à produção do trigo, do vinho, e às atividades industriais; em São Paulo, impulsionaram o desenvolvimento industrial e o comércio. Nessas regiões, transformaram também a paisagem cultural, valorizando a ética do trabalho, introduzindo novos padrões alimentares e modificações na língua portuguesa, que ganhou palavras novas e um sotaque particular. Os imigrantes europeus, do Oriente Médio e asiáticos (portugueses, italianos, espanhóis, alemães, judeus, sírios e libaneses, japoneses) influenciaram a formação étnica do povo brasileiro, sobretudo na região Centro-sul e Sul do País. Tendo em conta as contribuições de índios e negros, disso resultou uma população etnicamente diversificada, cujos valores e percepções variam de um segmento a outro, no âmbito de uma nacionalidade comum.

Espanhóis  



Imigrante espanhol no comércio de ferro-velho em São Paulo, nos anos de 1950
Acervo Museu da Imigração - SP
  Os espanhóis começaram a imigrar para o Brasil em razão dos problemas no país de origem e das possibilidades de trabalho que, bem ou mal, lhes eram oferecidas. Muitos agricultores, proprietários de minifúndios, partiram da Galícia; outros vieram da Andaluzia, onde eram, principalmente, trabalhadores agrícolas.
 Nos primeiros tempos, ou seja, a partir da década de 80 do século XIX, os espanhóis foram encaminhados, sobretudo, para trabalhar nas fazendas de café no estado de São Paulo. Com relação aos demais grupos europeus, caracterizaram-se por serem os que, em maior grau, chegaram como grupo familiar e os que trouxeram crianças em maior proporção.
 Eles constituíram a terceira maior etnia que imigrou para o Brasil, após os portugueses e italianos, entre 1880 e 1972, representando cerca de 14% do total de imigrantes nesse período.
 Dentre os grandes grupos de imigrantes, os espanhóis foram os que mais se concentraram no estado de São Paulo. O censo de 1920, por exemplo, revelou que 78% dos espanhóis residiam neste estado. Embora a grande maioria dos espanhóis tenha se fixado, a princípio, no campo, onde ganharam posições como pequenos e médios proprietários, a presença urbana da etnia não é desprezível. Em seus primeiros tempos, os espanhóis vincularam-se ao comércio de metais usados - o chamado "ferro velho" - e ao setor de restaurantes, diversificando, posteriormente, suas atividades.

  Italianos  



Família de imigrantes italianos no Núcleo Colonial Jorge Tibiriçá, em Rio Claro, interior de São Paulo, em 1911
Acervo Museu da Imigração - SP

Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da década de 70 do século XIX. Foram impulsionados pelas transformações sócio-econômicas em curso no Norte da península italiana, que afetaram sobretudo a propriedade da terra.
  Até a virada do século, italianos dessa região predominaram na corrente imigratória. A partir daí, os italianos do Centro-sul ou do Sul se tornaram dominantes. Um aspecto peculiar à imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1871), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil.
 As grandes áreas de atração de imigrantes italianos para o Brasil foram os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Considerando o período 1884-1972, verificamos que quase 70% dos italianos ingressaram no País pelo estado de São Paulo.
 As condições de estabelecimento dos italianos foram bastante diversas. A imigração sulina praticamente não foi subsidiada e os recém-chegados instalaram-se como proprietários rurais ou urbanos. Em São Paulo, foram a princípio atraídos para trabalhar nas fazendas de café, através do esquema da imigração subsidiada. Nas cidades paulistas, trabalharam em uma série de atividades, em especial como operários da construção e da indústria têxtil.
  Os imigrantes italianos influenciaram fortemente os hábitos alimentares nas regiões em que se fixaram e deram uma importante contribuição à industrialização gaúcha e paulista. A maioria dos primeiros grandes industriais de São Paulo - os Matarazzo, os Crespi - constituíram o grupo dos chamados "condes italianos", cuja proeminência só foi ultrapassada com o correr dos anos.

Japoneses  



Crianças imigrantes japonesas no Núcleo Colonial Barão de Antonina, em Itaporanga, SP, 1933
Acervo Museu da Imigração - SP

A primeira leva de japoneses chegou ao Brasil em 1908, através de um esquema de imigração subsidiada. Houve oposição inicial à imigração dessa etnia, que acabou sendo aceita como uma alternativa as dificuldades impostas pelo governo italiano à imigração subsidiada de italianos para o Brasil. Os japoneses concentraram-se no estado de São Paulo, correspondendo a 92,5% o número de japoneses que entrou nesse estado, entre 1909 e 1972. O fluxo imigratório de japoneses ganhou relevo no período posterior a 1930, quando a imigração de italianos e de espanhóis se reduziu consideravelmente. Entre 1932 e 1935, cerca de 30% dos imigrantes que ingressaram no Brasil eram de nacionalidade japonesa.
Os japoneses foram destinados inicialmente as fazendas de café, mas gradativamente tornaram-se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os grupos imigrantes foram os que se concentraram por período mais longo nas atividades rurais, em que se destacaram pela diversificação da produção dos hortifrutigranjeiros. Em anos recentes, houve forte migração de descendentes de japoneses para os centros urbanos, onde passaram a ocupar posições importantes nas várias atividades componentes da área de serviços

Judeus


 
Família imigrante de origem judaica em São Paulo, na década de 1920
                               Acervo Museu da Imigração - SP
A chegada de populações judaicas ao Brasil torna-se gradativamente significativa a partir de meados dos anos 20, no século XX. A vinda de israelitas para o País insere-se tardiamente no influxo da imigração em massa e ganha relevo maior nos anos 30, em decorrência das perseguições nazistas.
Entre 1936 e 1942, mais de 14 mil pessoas ingressaram no País. Embora esse número pareça reduzido, convém lembrar que ele representa 12,1% da imigração total naqueles anos. As populações judaicas entraram em sua grande maioria pelos portos do Rio de Janeiro e de São Paulo. A princípio, vieram sobretudo judeus da Europa Central - os chamados russos - e, a seguir, os alemães, após a ascensão do nazismo. Os judeus fixaram-se nas cidades, localizando-se, no início, em bairros étnicos, como é o caso do Bom Retiro, em São Paulo. A primeira geração concentrou-se nas atividades comerciais. Seus filhos e netos diversificaram suas iniciativas, tornando-se industriais, profissionais liberais etc.

  Portugueses  



Família de imigrantes portugueses em foto para o passaporte, Portugal, 1922
                                    Acervo Museu da Imigração - SP
  Como "descobridores" do Brasil, vieram para a colônia desde seus primeiros tempos de existência. Mesmo considerando-se apenas o período posterior à Independência (1822), os portugueses representam a etnia imigrante mais numerosa. Foram atraídos pelas dificuldades econômicas no país de origem e pelas afinidades linguísticas. Lembremos, porém, que, considerado apenas o período 1877-1972, o fluxo de ingresso de portugueses e italianos se assemelhou, correspondendo respectivamente a algo em torno de 31% do total de entradas.
 Dedicaram-se tanto a atividades rurais como urbanas e, mais do que qualquer outra etnia, espalharam-se por várias regiões do Brasil.
    O Rio de Janeiro constitui o maior centro urbano concentrador de portugueses e seus descendentes. Controlaram, no passado, desde o comércio a varejo de alimentos até os grandes jornais. Durante o período que vai da Independência do Brasil a fins do século XIX, os portugueses foram alvo de críticas preconceituosas por parte dos nacionais, sobretudo no Rio de Janeiro.
 Essas críticas resultaram de ressentimentos para com os colonizadores e ganharam amplitude pela atividade exercida pelos portugueses na capital do País. Como estes controlavam aí a venda de gêneros alimentícios, tornaram-se muitas vezes bode expiatório para os problemas da população, decorrentes da elevação de preços.

Sírios e Libaneses



  Família libanesa em São Paulo, s/d
Acervo Museu da Imigração - SP

Sírios e libaneses começaram a imigrar para o Brasil em fins do século XIX, fugindo as dificuldades econômicas em suas regiões de origem. Concentraram-se, principalmente, no estado de São Paulo, mas uma parcela deles fixou-se no Norte do país, nos estados do Pará, Amazonas e o então Território do Acre, caracterizados por um baixo fluxo imigratório. Por toda parte, sírios e libaneses se dedicaram as atividades comerciais, tendo um papel relevante no comércio da borracha, durante o auge do período de produção e exportação desse produto (1890-1910), nos estados do Norte.
Em São Paulo e em menor escala no Rio de Janeiro, sírios e libaneses dedicaram-se ao comércio, a princípio como mascates, percorrendo com suas mercadorias as ruas dos grandes centros urbanos, as fazendas e pequenas cidades do interior. Gradativamente, abriram estabelecimentos comerciais, tornaram-se industriais, escalando os degraus da mobilidade social.
Os descendentes dessa etnia diversificaram suas atividades, sendo notável sua concentração na medicina e sua presença nas atividades políticas.
  Texto do Professor Boris Fausto. Fonte: site do Ministério das Relações Exteriores.
Doutor e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em Direito (1953) e em História (1967), Boris Fausto é professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Entre seus principais trabalhos incluem-se: A Revolução de 1930. Historiografia e História (São Paulo, Brasiliense, 1970), Trabalho Urbano e Conflito Social (São Paulo, Difel, 1975), Crime e Quotidiano. A Criminalidade em São Paulo, 1880-1924 (São Paulo, Brasiliense, 1984), Historiografia da Imigração para São Paulo (São Paulo, Sumaré/Idesp, 1991) e História do Brasil (São Paulo, Edusp, 1994). Editou quatro volumes da História Geral da Civilização Brasileira (Rio de Janeiro, Bertrand Brasil), referentes ao período republicano.

  Alemães  



Família de imigrantes alemães no Núcleo Colonial Nova Europa, em Ibitinga, SP, 1941
Acervo Museu da Imigração - SP

Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil logo após a Independência, dentro de um programa de colonização idealizado pelo governo brasileiro, que visava o desenvolvimento da agricultura e a ocupação do território no Sul do País. A primeira colônia alemã foi fundada em 1824, com o nome de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, numa área de terras públicas do Vale do Rio dos Sinos. As tentativas anteriores de estabelecimento de colônias com alemães na região Nordeste fracassaram, e a data de 1824 marca o início da corrente imigratória proveniente de diversos estados alemães. Ao longo de mais de 100 anos entraram no Brasil aproximadamente 250 mil imigrantes - num fluxo anual pequeno, mas contínuo, que teve seu momento de maior intensidade em 1920, no auge da crise econômica-social da República de Weimar.
Durante quase todo o período de duração do fluxo imigratório (entre 1824 e 1937), a imigração alemã se caracterizou pela participação contínua no processo de colonização em frentes pioneiras - compartilhada por outros imigrantes europeus, sobretudo italianos - que resultou na formação de um campesinato de pequenos proprietários. Neste processo, os alemães e seus descendentes ajudaram a ocupar as terras públicas dos três estados do Sul através da fundação de inúmeras colônias, concentradas na região Noroeste de Santa Catarina, no planalto setentrional do Rio Grande do Sul até o rio Uruguai, no planalto paranaense e em alguns vales de rios, como o Sinos, Jacuí, Taquari e Caí, no Rio Grande do Sul, e Itajaí, em Santa Catarina.
Entre as colônias mais conhecidas estão aquelas que passaram por um processo de desenvolvimento econômico com a industrialização - caso de Blumenau, Joinville e Brusque, em Santa Catarina, e São Leopoldo, Novo Hamburgo e Ijuí, no Rio Grande do Sul - para citar alguns exemplos. Houve ainda estabelecimento de alemães em algumas colônias do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo - todas pouco expressivas. Por outro lado, uma parte dos imigrantes - sobretudo após a Primeira Guerra Mundial - se estabeleceu em cidades maiores como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.
A concentração em algumas regiões do Sul, além da manutenção da língua e de outras características da cultura original e da presença marcante de uma imprensa, escola e associações germanizadas, criou condições para o surgimento de uma etnicidade teuto-brasileira, cuja marca é o pertencimento primordial a um grupo étnico demarcado pela origem alemã. Disto resultou uma longa história de atritos com a sociedade brasileira, que culminou com a campanha de nacionalização durante o Estado Novo (1937-1945) - uma tentativa de acelerar o processo assimilacionista. Os ideais primordiais de pertencimento étnico, embora atenuados, não desapareceram após a Segunda Guerra Mundial e podem ainda hoje ser percebidos nas principais regiões de colonização alemã.

Texto de Giralda Seyferth: Fonte: Site do Ministério das Relações Exteriores
Mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Giralda Seyferth é doutora em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo e professora do Departamento de Antropologia do Museu Nacional - UFRJ. Entre suas principais publicações estão os livros A Colonização Alemã no Vale do Itajaí-Mirim (Porto Alegre, Editora Movimento, 1974), Nacionalismo e Identidade Étnica (Florianópolis, Fundação Catarinense de Cultura, 1982) e Imigração e Cultura no Brasil (Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1990), além de numerosos artigos em revistas especializadas.

www.diasmarques.adv.br/pt/historico_imigracao_brasil.htm

O POVOAMENTO DAS TERRAS DO VALE DO PARAÍBA

                                             

 Quando viajei por outros países e visitei onde meus ancestrais viveram;
  Pensei no que disse Marta Mato: quando fazemos pesquisas não devemos deixar de estudar os lugares onde viveram nosso antepassados, pois isso faz parte de suas vidas e consequentemente da nossa. A busca por nossas raízes continua atravessando oceanos, indo quase sempre ao continente europeu, onde podemos chegar, documentalmente até meados do século XVI, se descobrirmos de onde eram nosso antepassados aprendemos a identificar as razões que os obrigaram a sair de suas terras natais, em busca de melhores condições de vida para si e seus descendentes, passamos a conhecer suas cidades de origem como se nelas tivéssemos vivido.



ACHEI INTERESSANTE MENCIONAR OS POVOADORES PORTUGUESES  

RADICADOS   EM  GUARATINGUETÁ, ALIADOS DOS GALVÃO DE   FRANÇA                                                                                                    

Silva Reis Missel (1728)-Conselho do Porto, Distrito do Porto
                                             
                                               Freguesia de Santiago de Frontão 
Rebouças da Palma (1736) - Conselho de Ponte de Lima 
                                               Distrito de Viana do castelo

Nabo Freire  (1739) - Conselho de Lagos, Distrito de Faro
                                                                                                                                                                                                     
                                             Freguesia de Santa Maria de Majuaés
Gonçalves Franco (1742) - Conselho de Viana do Castelo
                                            Distrito de Viana do Castelo

Espíndola (1745) - Conselho de Graciosa, Distrito de Angra do Heroísmo

Silveira (1746) - Conselho de Santana, Distrito de Funchal

                                      Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo
Pereira Fialho (1748) - Conselho de Caldas da Rainha
                                      Distrito de Leiria

                                 Freguesia de São Paulo
Guimarães (1751) - Conselho de Guimarães
                                 Distrito de Braga

                                  Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo
Silva Bravo (1748) - Caldas da Rainha
                                  Patriarcado de Lisboa

                                           Freguesia de Castelo Branco
Rodrigues Freire (1754) - Conselho de Guarda
                                           Distrito de Guarda  

                                         Freguesia de São Salvador de Figueira
Meireles Freire (1760) - Conselho de Penafiel
                                         Distrito de porto

                                       Freguesia de São Sebastião
Pires Romeiro (1762) - Conselho de Angra Heroísmo
                                       Distrito de Angra do Heroísmo

Rezende (1769) - Conselho de Vila do Porto, Distrito de Ponta Delgada 

Pereira Coutinho (1770) - Conselho de Penafiel, Distrito do Porto

                                          Freguesia de São Julião
Lescura Banher (1775) - Conselho de Lisboa
                                          Distrito de Lisboa

                        Freguesia de São Salvador Rossas
Vieira (1784) -Conselho de Vieira
                        Distrito de Braga

                                        Lugar de Sarnado, Freguesia de São Tiago de Mouquim
Costa Moreira (1748) - Conselho de Vila Nova de Famalição
                                        Distrito de Braga

Portugueses que imigraram para o Brasil, inicialmente para diversas localidades e, depois convergiram para Guaratinguetá: 








SÃO VICENTE

                           Freguesia de Vouzela, atual Conselho de Vouzela
Ramalho (1513) - Distrito de Vizeu, Portugal 


Leme (1550) - Funchal, Ilha de Madeira, Portugal

                                   Minas Novas de Nossa Senhora da Penha do Tibagi
Leme Barbosa (1785) - Capitania de São Paulo
                                    Atual Estado Paraná

Prado (1570) - Olivença Alentejo, Portugal

                        Ilha de São Miguel
Bicudo (1567) - Arquipélago dos Açores
                        Portugal

Alvarenga (1570) - Lamego, Portugal

Maciel (1570) - Viana do Minho, Portugal

SÃO PAULO

Barbosa (1655) - Não foi identificada a providência

                          Freguesia de Pedrogão Grande
Antunes (1711) - Conselho de Figueira de Vinhos
                          Distrito de Leiria



                        Freguesia de Assunção
Moura (1730) - Conselho de Vila do Porto
                        Distrito de Ponta Delgada

                                      Freguesia de Santiago de Mourilhe
Gonçalves Cruz (1737) - Conselho de Montalegre
                                      Distrito de Vila Real

                                      Freguesia de São Salvador de Figueira
Meireles Freire (1760) - Conselho de Penafiel
                                      Distrito do Porto

Melo (1893) - Freguesia

Cunha Gago (1662) - De São Paulo para Taubaté

Silva Reis Leonardo (1684) 

MOGI DA CRUZES

                         Freguesia de Santa Bárbara das Nove Rainhas Ribeiras
Machado de Vasconcelos (1691) - Bispado de Angra, Ilha Terceira
                                                   Arquipélago dos Açores, Portugal

Silva Barros de Abreu (1725) - Origem não identificada

Bicudo de Siqueira (1694) - De São Paulo para Pindamonhangaba
                                          depois Guaratinguetá

Corrêa Leite (1717) - De São Paulo para Pindamonhangaba
                                 depois Guaratinguetá

Godoy Moreira (1725) - De São Paulo para Pindamonhangaba
                                     depois Guaratinguetá

Cerqueira Cezar (1748) - De São Paulo para Pindamonhangaba
                                       depois Guaratinguetá

Silva Leme (1749) - De Areias para Pindamonhangaba
                              depois Guaratinguetá

Gonçalves de Carvalho (1778) - De Itajubá para Pindamonhangaba
                                                 depois Guaratinguetá

Santos e Silva (1783) - Aiuruoca para Guaratinguetá

                                  Capela de N.S.do Bom Sucesso dos Serranos
Paula e Silva (1822) - Freguesia de N.S.da Conceição de Aiuruoca
                                 Bispado de Mariana para Guaratinguetá

Camargo (1815) - Freguesia da Conceição de Guarulhos
                           São Paulo e Guaratinguetá

Gonçalves de Carvalho (1778) - Itajubá, Minas Gerais para Guaratinguetá

Simões (1827) - Parati para Guaratinguetá

                           Lugar de Vendas, Freguesia de São Jorge
Oliveira (1732) - Conselho de Arco de Valderez
                           Distrito de Viana do Castelo

PORTUGUESES EM CUNHA

 


                               Freguesia de Figueira da Foz
Lopes Figueira (1714) -Conselho de Figueira
                                    Distrito de Coimbra

Gomes de Siqueira (1722) - Freguesia de São Pedro, Conselho de Faro
                                          Distrito de Faro

                                   Freguesia de São Vicente de Alcabideche
Santos Souza (1735) - Conselho de Caxais
                                  Distrito de Lisboa



                           Freguesia de Loures
Silva Reis (1742) -Conselho de Loures
                           Distrito de Lisboa

Monteiro (1745) - Freguesia de Albufeira, Conselho de Albufeira
                            Distrito de Faro

Nogueira (1768) - Freguesia de São Cosme, Conselho de Gouveia
                           Distrito da Guarda

                                  Freguesia de Santa Maria de Viade
Pires Querido (1779) - Conselho de Montalegre
                                   Distrito de Vila Real

Castro (1787) - Freguesia do Rio Tinto, Conselho de Condomar
                        Distrito do Porto

Brito (1797) - Freguesia de São Jorge, Conselho de Arco de Valderez
                      Distrito de Viana do Castelo






ILHA DE SÃO SEBASTIÃO

Mota (1693)

PORTUGUESES EM PINDAMONHANGABA

                               Freguesia de São Bartolomeu, Cidade de Veneza 
Marcondes (1741) - Republica de Veneza que passou para Freguesia de
                               Adhadinha, Conselho do Nordeste
                               Distrito de Ponta Delgada

Salgado (1743) - Conselho do Porto, Distrito do Porto

Homem de Melo (1751) - Freguesia de Santa Bárbara da Ribeira
                                       Conselho de Ponta Delgada

LORENA

                                             Lugar de Salgueiro
Domingos Salgueiro (1749) -  Freguesia de São Salvador de Pereira
                                             Conselho de Barcelos, Distrito de Braga

MINAS GERAIS - VILA RICA

Monteiro de Noronha (1748) - Distrito de Lisboa

                          Freguesia de São Salvador do Couto Souto
Arantes (1750) - Conselho de Arcas de Val-de-Vaz
                          Distrito de Viana do Castelo

RIO DE JANEIRO

Costa (1788) - Conselho de Vila Nova de Famalição D.de Braga

                                        Freguesia de Carrelha
Rodrigues Alves (1843) -  Termo da Vila de Ponte do Lima
                                       Conselho de Ponte do Lima
                                        Distrito de Viana do Castelo 

Os  Galvão de França no povoamento de Santo Antônio de Guaratinguetá - 1733 - 1972
Carlos  Eugênio Marcondes de Moura